Senado rejeita recondução de Rodrigo Gonet ao cargo de PGR em maior rejeição desde 1989. Parlamentares apontam questionamentos na sabatina.
A sessão do Senado Federal resultou na rejeição do pedido de recondução de Rodrigo Gonet ao cargo de Procurador-Geral da República. Este resultado marca a maior rejeição a um indicado para a função desde 1989, período que inicia a série histórica de votações após a redemocratização do país.
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A votação anterior, em 2023, havia registrado 65 votos favoráveis e 11 contrários ao nome de Gonet.
O procurador-geral mais rejeitado pelo Senado até então foi Geraldo Brindeiro, indicado durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Em sua recondução de 2001, Brindeiro obteve 18 votos contrários e 55 votos favoráveis. Um caso anterior expressivo foi a recondução de Rodrigo Janot em 2015, indicada pela então presidente. Nesta ocasião, Janot recebeu 59 votos favoráveis e 12 contrários.
A rejeição de Gonet ocorreu em meio a questionamentos e críticas durante sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Parlamentares da oposição levantaram preocupações sobre a atuação da Procuradoria-Geral da República em relação a investigações envolvendo ataques ao Estado democrático, fraudes contra o sistema financeiro, crime organizado e tráfico de pessoas.
Além disso, a oposição questionou a postura de Gonet em relação a pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal e à duração do inquérito sobre as fake news. Durante a audiência, o procurador-geral defendeu que a decisão de conceder anistia é prerrogativa do Presidente da República, mas admitiu que a questão envolve debates jurídicos sem entrar em detalhes.
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