Processo criminal contra Bolsonaro e sete outros acusados por tentativa de golpe político entra na fase final
Os réus no caso central têm até a próxima quarta-feira (13) para apresentar seus argumentos finais antes do julgamento.

Os sete acusados do grupo “Core 1” do golpe no Brasil, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, têm até a próxima quarta-feira (13) para apresentar seus argumentos finais ao Supremo Tribunal Federal (STF). Após esse prazo, o ministro Alexandre de Moraes, que preside o caso criminal, elaborará sua decisão e encaminhará o caso para julgamento. A data do julgamento das acusações apresentadas pelo Ministério Público Federal (MPF) será definida por Cristiano Zanin, presidente do Painel Primeiro do tribunal.
Ao lado de Bolsonaro, o chamado “Core 1” inclui o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e atual parlamentar Alexandre Ramagem, ex-ministros Augusto Heleno, Anderson Torres, Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira, o ex-ajudante-de-campanha de Bolsonaro, Mauro Cid, agora testemunha colaboradora, e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier. A PGR descreve este grupo como o “núcleo central” do golpe.
Enfrentam acusações de liderar uma organização criminosa armada, tentar abolir violentamente o Estado democrático de direito, tentar um golpe de Estado, causar danos a bens da União por meio de violência e ameaças graves com prejuízo considerável à vítima, e deterioração de bens de patrimônio culturalmente protegido. As condenações podem levar a penas de até 39 anos de prisão.
Desde segunda-feira (4), Bolsonaro encontra-se sob domicílio, determinado pelo juiz Moraes após infringir as medidas cautelares impostas em uma investigação iniciada no início do ano sobre seu filho, Deputado Eduardo Bolsonaro, acusado de coordenar com o governo dos Estados Unidos para buscar sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal.
Outro réu do Core 1, General Braga Netto, permanece sob custódia desde dezembro de 2024, após ser preso sob as ordens de Moraes, sob a acusação de tentar interferir na investigação.
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Aquele grupo denominado “Core 2”, formado por seis réus, deve concluir os procedimentos adicionais solicitados pela defesa nesta semana, após o que deverá apresentar seus próprios argumentos finais. Esse grupo é acusado pela PGR de ter elaborado o chamado “memorando do golpe”, de espionar o ministro Alexandre de Moraes e de coordenar com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para dificultar a participação eleitoral no Nordeste brasileiro nas eleições de 2022.
Fonte por: Brasil de Fato