O presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, foi preso na segunda-feira, 3 de novembro de 2025, sob a acusação de falso testemunho durante um depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os descontos ilegais no pagamento de aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
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A CBPA figura entre as entidades envolvidas em ações judiciais movidas pela Advocacia Geral da União em nome do INSS.
Após questionamentos dos congressistas, o relator da CPMI, o deputado União Brasil-AL, solicitou a prisão em flagrante do depoente. O pedido foi atendido pelo presidente da comissão, o senador Podemos-MG. A decisão visa esclarecer informações contraditórias fornecidas por Lincoln Ferreira da Cruz.
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Lincoln Ferreira da Cruz é acusado de ter mentido sobre o motivo de sua saída da direção da CBPA, alegando renúncia quando, na verdade, foi afastado como medida cautelar. Além disso, negou conhecimento de Antônio Carlos Camilo Antunes, embora tenha admitido o vínculo ao responder a outras perguntas.
Ele também é acusado de mentir sobre a natureza de sua relação com Gabriel Negreiros, tesoureiro da CBPA, e sobre o alcance da procuração passada a Adelino Rodrigues Júnior.
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Adelino Rodrigues Júnior, sócio de uma das empresas de call center investigadas por vínculos com o “Careca” do INSS, teria amplos poderes para movimentar recursos da CBPA. Segundo a CPMI, ele enviou R$ 59.000 para a esposa do então procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio, e R$ 430 mil em espécie para João Victor Fernandes.
O senador Carlos Viana afirmou que “o silêncio também fala” e manifestou esperança com os rumos da comissão. Essa é a terceira prisão realizada pela CPMI do INSS. Anteriormente, foram dadas voz de prisão a um sócio do “Careca” do INSS e ao presidente da Confederação Nacional de Agricultores Familiares Rurais.
