Setor produtivo registra queda de 0,24% em outubro, com alívio nos preços de alimentos e energia, apontam especialistas. Leia no Poder360.
Economistas consultados pelo Poder360 avaliaram que a prévia da inflação apresenta sinais de alívio inflacionário, porém, ressaltaram a necessidade de prudência na política monetária. Essa avaliação se segue ao IPCA-15, que subiu 0,18%, abaixo das expectativas do mercado (0,24%) e do resultado de setembro (0,48%), acumulando alta de 4,94% em 12 meses.
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Pablo Spyer, conselheiro da Ancord, confirmou a moderação esperada pelo mercado, mas alertou contra otimismo excessivo, devido à persistência da pressão nos preços de serviços e passagens aéreas. Essa situação reforça a importância de manter a cautela no combate à inflação.
Felipe Queiroz, economista-chefe da APAS, destacou o impacto positivo da redução nos preços de itens essenciais, como arroz, leite, ovos e cebola, que beneficiam as famílias de baixa renda.
Natalie Victal, economista-chefe da SulAmérica Investimentos, considerou o dado “qualitativamente positivo”, mas insuficiente para alterar a postura do Banco Central. O resultado apoia revisões baixistas nas projeções de inflação, sem gerar confiança adicional no processo de desinflação.
Claudia Moreno, economista do C6 Bank, ressaltou que, apesar da redução de 4,94% em 12 meses, a inflação ainda supera a meta de 3%, com teto de 4,5%. O cenário permanece desafiador, especialmente no segmento de serviços subjacentes.
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Alexandre Maluf, economista da XP Macro, observou que a inflação de serviços subjacentes avançou 0,24% em outubro, abaixo da projeção de 0,61%, com destaque para a queda nos preços de seguros de automóveis.
Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, avaliou o quadro como “uma boa notícia para o Brasil”, com destaque para a deflação nos bens industriais e a redução da difusão dos aumentos de preços.
Os especialistas concordam que a desaceleração da inflação deve continuar até o fim do ano, impulsionada pela queda dos preços agrícolas e pela melhora do câmbio. No entanto, defendem que o Comitê de Política Monetária do Banco Central mantenha a cautela até que a desinflação se consolide.
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