Presidente venezuelano solicita mobilização de 4,5 milhões de voluntários para defender o país contra os EUA
O país possui aproximadamente 5 milhões de milicianos em atividade; a ação é reação ao deslocamento de tropas americanas para o Caribe.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, solicitou a mobilização de 4,5 milhões de voluntários para se defender de ataques externos. A declaração ocorre em reação às decisões dos EUA de elevar a recompensa pela captura do líder para US$ 50 milhões e de enviar tropas para o sul do Caribe.
Esta semana implementarei um plano especial para assegurar cobertura com mais de 4,5 milhões de milicianos em todo o território nacional, milícias treinadas, ativadas e armadas. Mísseis e fuzis para a classe trabalhadora, para defender nossa pátria, declarou Maduro.
A milícia bolivariana (brigadas populares) é uma organização formada em 2009 composta por civis e militares aposentados em seus quadros. Eles recebem treinamento para defesa pessoal e fiscalização do território em seus diferentes contextos (urbano e rural).
A milícia passou a compor uma das cinco Forças Armadas da Venezuela, que tem uma estrutura diferente do Brasil.
Segundo o governo, atualmente existem aproximadamente 5 milhões de milicianos em atividade no país. Maduro também agradeceu os esforços das Forças Armadas para assegurar a segurança do país e a soberania nacional diante das ameaças externas.
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Os primeiros a se apresentarem para demonstrar sua solidariedade e apoio a este presidente da classe trabalhadora que está aqui são os militares deste país. Eles se apresentaram com seus fuzis, seus mísseis, seus tanques, seus aviões, as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas, eles saíram vitoriosos.
Na semana passada, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou que enviaria tropas para o sul do mar do Caribe para conduzir operações militares na região. Ele afirmou que o objetivo é capturar traficantes latino-americanos e vinculou um desses grupos ao governo de Maduro.
Os Estados Unidos já enviaram três navios munidos de mísseis guiados à região, que devem chegar entre quarta e quinta-feira à costa da Venezuela, conforme reportado pela agência Reuters.
Rubio reiterou, sem apresentar evidências, a versão da Casa Branca de que Maduro lidera o Cartel dos Sóis, uma suposta organização criminosa. Em 25 de julho, o Departamento de Estado dos EUA classificou o grupo como um grupo terrorista internacional. Rubio afirmou que o tráfico de drogas representa uma ameaça à segurança estadunidense e novamente chamou o governo de Maduro de “organização criminosa”.
A intensificação das ameaças americanas iniciou-se ainda no período das eleições municipais venezuelanas de 27 de julho. Nessa ocasião, o vice-presidente de Defesa e Soberania da Venezuela, Vladimir Padrino López, declarou que as Forças Armadas venezuelanas detectaram o voo de uma aeronave de inteligência RC-135 da Força Aérea dos EUA “orbitando cerca de 80 milhas ao norte da Venezuela”.
Na semana passada, os EUA anunciaram o aumento para US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) na recompensa por informações que levem à prisão do presidente Nicolás Maduro. O governo venezuelano respondeu prontamente à mensagem. O ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, classificou o anúncio como “uma operação de propaganda política ridícula e uma piada”.
Fonte por: Brasil de Fato