Governo autoriza mobilização militar e suspende direitos, afetando 10 milhões de pessoas.
O governo interino do Peru declarou estado de emergência nas cidades de Lima e Callao na terça-feira (21). A medida visa combater a onda de violência e extorsões atribuídas ao crime organizado. O governo poderá mobilizar militares para patrulhamento e restringir direitos como a liberdade de reunião. Essa ação afeta aproximadamente 10 milhões de pessoas.
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Sob o estado de emergência, as forças armadas serão designadas para patrulhamento ostensivo nas ruas e colaborar com a polícia na manutenção da ordem. Uma das restrições impostas é a proibição de que duas pessoas utilizem a mesma motocicleta, uma tática comum do crime organizado.
A capital peruana já havia estado sob estado de emergência entre março e julho, após o assassinato de um cantor de cúmbia. A situação de insegurança pública levou à destituição da então presidente, Dina Boluarte, no dia 10 de outubro.
O presidente interino, José Jerí, classificou a medida como o início de uma “ofensiva” contra o crime, visando recuperar a paz e a confiança da população. A ação representa a primeira medida de grande escala do governo em suas quase duas semanas no poder, considerando a segurança pública como uma prioridade.
Desde 2024, o Peru tem enfrentado um aumento da violência urbana, marcado por ondas de extorsão. As denúncias de extorsão subiram de 2.396 em 2023 para mais de 17.000. A cidade de Lima lidera esse cenário, com um aumento de 28,8% nas denúncias entre janeiro e setembro de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023.
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