O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, anunciou nesta sexta-feira (10), durante um evento em São Paulo, que a nova política habitacional do governo federal representa o “primeiro passo” para a transformação do modelo de financiamento imobiliário no país. A iniciativa visa modernizar o sistema, utilizando recursos da poupança para abordar questões estruturais.

Transição e Combinação de Recursos

Galípolo enfatizou que a medida combina e maximiza os recursos da poupança com instrumentos de mercado voltados ao financiamento imobiliário. A estratégia busca aumentar a estabilidade do mercado, alinhando-se com a política monetária. O anúncio surge em resposta ao esvaziamento da poupança, que historicamente tem sido uma das principais fontes para o financiamento de moradias.

Foco na Classe Média

A nova política habitacional está direcionada especialmente à classe média, com famílias que recebem entre R$ 12 mil e R$ 20 mil. O objetivo é facilitar o acesso à moradia. A medida será implementada pela Caixa Econômica Federal, que financiará inicialmente 80 mil moradias. A iniciativa visa otimizar o uso do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

Detalhes da Implementação

Inicialmente, 5% do compulsório serão utilizados, com a expectativa de que, a partir de 2027, os 20% restantes estejam disponíveis. A medida respondeu a preocupações do setor imobiliário, que temia mudanças abruptas. O SBPE acumula cerca de R$ 750 bilhões, e a injeção inicial pode chegar a R$ 35 bilhões, aumentando para R$ 150 bilhões quando a política estiver totalmente estabelecida.

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