O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez neste sábado (6) um apelo ao governo dos Estados Unidos para evitar um conflito armado na região do Caribe. Em discurso transmitido a partir de uma base militar em Caracas, Maduro pediu “respeito” à soberania da Venezuela e afirmou que nenhuma divergência entre os dois países justifica uma escalada militar.
A autorização da Casa Branca para o abate de aviões venezuelanos que representassem risco a embarcações americanas, e o anúncio anterior de que um barco ligado à gangue venezuelana Tren de Aragua, acusada de tráfico de drogas para os EUA, havia sido afundado, desencadearam o incidente. O episódio resultou em 11 mortos, embora a versão norte-americana tenha sido contestada por Caracas.
Com uniforme militar, Maduro supervisionou a mobilização de milícias civis e voltou a acusar Washington de usar alegações de narcotráfico como justificativa para promover mudanças de regime na América Latina. Ele também criticou o reforço militar dos EUA no Caribe, que inclui mais de 4.000 tropas e embarcações navais, afirmando tratar-se de uma “ameaça de invasão”.
Apesar do tom acusador, o líder venezuelano adotou uma postura mais amigável ao afirmar que estava “sempre disponível para o diálogo”. A mudança contrasta com declarações anteriores, quando ele chegou a convidar cidadãos de até 60 anos para se juntar ao exército, em reação às ameaças dos Estados Unidos. A crise é acompanhada com preocupação por governos vizinhos e organizações internacionais, que alertam para os riscos de um conflito armado de grande escala na região.
Com informações de Misael Mainetti
LEIA TAMBÉM!
● Manifestação em Londres, organizada por um grupo a favor da Palestina, vista como terrorista pelo governo, resulta em 150 detidos
● O Papa Leão XIV santifica Carlo Acutis, o primeiro santo do milênio
● Rússia estabelece novo recorde de ataques com drones contra a Ucrânia e ataca a sede do governo em Kiev
Fonte por: Jovem Pan