Presidência da COP30 Divulga Novo Rascunho da Decisão Final

A Presidência da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) divulgou nesta sexta-feira (21) um novo rascunho da decisão final da conferência. O documento removeu a proposta de elaboração de um plano de transição para a eliminação gradual do uso de combustíveis fósseis, uma iniciativa que havia sido defendida por aproximadamente 80 países, conforme informações do governo brasileiro.

Essa alteração gerou desconforto entre representantes de nações que apoiavam o plano de transição. Esses países expressaram preocupação com a redução da ambição climática, argumentando que o novo texto, que se limita a mencionar a necessidade de “uma economia de baixo carbono”, pode impactar negativamente o andamento das negociações em outras áreas da agenda.

Diplomatas indicaram que os países que originalmente defendiam a proposta devem intensificar suas posições em discussões paralelas durante a COP30. A disputa em torno dos combustíveis fósseis se tornou um ponto central de divergência entre os participantes.

Críticas à Nova Versão do Texto

A nova versão do documento também recebeu críticas de organizações de nível subnacional. Mark Watts, diretor-executivo da rede C40 Cities, manifestou preocupação com o rascunho do chamado Belém Political Package, afirmando que ele demonstra uma agenda climática limitada.

Watts ressaltou que os textos sugerem que várias partes estão tentando desestimular o esforço global em prol do clima. Ele enfatizou a necessidade de avanços significativos em relação à transição justa e à cooperação multinível.

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Watts declarou que ainda é possível ajustar o curso da COP30, desde que a conferência adote uma visão que priorize a implementação de ações concretas.

Questões em Aberto na Conferência

Além da disputa sobre os combustíveis fósseis, a COP30 enfrenta desafios relacionados a outras questões cruciais. O financiamento climático e as regras para lidar com medidas comerciais unilaterais, conhecidas como “protecionismo verde”, permanecem sem consenso.

Esses pontos são considerados essenciais para alcançar um acordo equilibrado entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, garantindo que a conferência avance em direção a um compromisso que considere as necessidades de todos os participantes.