Prefeito do Rio critica debate sobre segurança pública, acusa “debate sem sentido” e questiona justificativas sociais sobre violência
O prefeito do Rio de Janeiro, em declarações nesta sexta-feira (28.nov.2025), manifestou sua crítica ao que ele considera um “debate absolutamente sem sentido” em relação à segurança pública no Brasil. O prefeito ressaltou a natureza “inconsequente” das discussões atuais.
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Segundo o prefeito, o cenário atual é marcado por uma “disputa de protagonismo” entre autoridades, especialmente após os eventos no Complexo do Alemão e na Penha, intensificando divergências políticas. Ele questionou a utilização de justificativas relacionadas a problemas sociais para a presença de criminosos armados em áreas de favela, argumentando que essa visão “quase que é um direito do sujeito portar um fuzil”.
O prefeito enfatizou que o Estado tem o dever de agir diante da violência, afirmando que “o Estado nunca tem que buscar matar os outros”. Ele defendeu que a resposta estatal à violência é legítima quando o Estado é confrontado, e que o controle territorial por grupos criminosos não deve ser considerado um “direito” de organização.
O prefeito destacou que, embora o Rio de Janeiro apresente “gravíssimo problema de segurança”, não é a capital mais violenta do país, apontando que “tem 19 capitais mais violentas na nossa frente”. Ele ressaltou que a cidade recebe maior atenção e tensão nos debates nacionais, gerando um “debate absolutamente sem sentido no tema da segurança pública”.
Para combater a criminalidade, o prefeito defendeu ações que visem tanto as estruturas financeiras sofisticadas utilizadas pelo crime organizado, quanto os grupos armados que controlam territórios. Ele mencionou operações recentes em São Paulo, onde criminosos que se “travestem de homens e mulheres no mercado financeiro” foram alvos de investigação.
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O prefeito enfatizou que o morador de favela sofre mais com a violência do que as elites, e que o domínio territorial por facções deixou de ser um fenômeno restrito a comunidades. Ele apontou que bairros formais da zona norte do Rio já vivem sob a imposição de barricadas e regras impostas por organizações criminosas, considerando a situação “inaceitável” e uma “criminalidade absurda” que ameaça o direito à liberdade.
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