Os preços da soja em Chicago registraram um aumento significativo nesta quinta-feira (13), atingindo níveis não vistos em quase 17 meses. Essa escalada nos preços reflete a expectativa do mercado em relação ao próximo relatório da safra dos Estados Unidos, aguardado para fornecer projeções de rendimento e também dados sobre as exportações, com foco nas compras da China.

O trigo também apresentou sinais de correção, impulsionado por uma projeção otimista da safra argentina para o período 2025/26, que indica uma produção recorde. Essa dinâmica contribui para o cenário de oferta global, influenciando os preços das commodities.

Atraso no Relatório do USDA

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) enfrenta um atraso na divulgação de sua primeira perspectiva de oferta e demanda global desde setembro. Essa paralisação, decorrente da suspensão do governo federal, interrompeu o fluxo de dados oficiais, gerando incerteza no mercado.

A expectativa é que, com o fim da paralisação, o USDA retome a publicação dos relatórios diários e semanais sobre as vendas de exportação, o que será crucial para determinar o volume de compras da China.

Importância das Compras Chinesas

O mercado de soja está atento às compras da China, que representam um componente fundamental para a direção dos preços. A China se comprometeu a adquirir 12 milhões de toneladas métricas de soja dos EUA em novembro e dezembro, buscando fortalecer o fornecimento de matérias-primas.

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A incerteza reside na confirmação dessas compras, pois o volume de aquisições chinesas impacta diretamente a demanda por safras dos EUA.

Projeções do USDA e a Colheita

O mercado espera que o relatório do USDA, a ser divulgado na sexta-feira (14), apresente números concretos, considerando que a colheita da soja nos EUA está em andamento. A expectativa é que o USDA revise as estimativas de produtividade, com projeções de 184,0 bushels por acre (bpa) para o milho e 53,1 bpa para a soja.

Análises indicam que a Bolsa de Cereais de Rosário projeta uma safra recorde de trigo para a Argentina, atingindo 24,5 milhões de toneladas.

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