A produção de petróleo na Margem Equatorial brasileira tem um cronograma estimado entre sete e oito anos, conforme detalhou Jean Paul Prates, ex-presidente da Petrobras, em entrevista à CNN 360º. O início do processo começa com a perfuração do primeiro poço exploratório, uma etapa que pode durar de três a cinco meses.

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Estratégia de Perfuração

Após a conclusão da perfuração inicial, a sonda será temporariamente removida do local para realizar outras atividades. Posteriormente, ela retornará para perfurar três poços adicionais, localizados na mesma região da Foz do Amazonas. Essa estratégia visa otimizar o tempo de operação do equipamento e a eficiência do processo.

Análise do Reservatório

Para uma avaliação precisa do reservatório, é crucial obter dados de múltiplos pontos de perfuração. Prates explicou que, assim como desenhar com um único ponto, é impossível definir o tamanho do reservatório em três dimensões sem a coleta de informações de diversos pontos geológicos submarinos.

Viabilidade Comercial e Desenvolvimento

Após a perfuração dos poços contingentes, os dados coletados permitirão determinar a viabilidade comercial da produção. Caso seja positiva, inicia-se a fase de desenvolvimento, que envolve a concepção de uma plataforma específica, adaptada ao tipo de óleo e às condições ambientais locais.

Processo de Licenciamento e Aprovação

A produção de petróleo na Margem Equatorial exigirá um novo processo de licenciamento ambiental, mais complexo que o anterior. Este processo definirá o transporte do óleo para terra, além de regular todas as operações da plataforma durante os próximos 30 anos. O plano de desenvolvimento, que deve ser aprovado pela ANP, determinará o perfil e o ritmo de produção, visando preservar a pressão do reservatório e otimizar o aproveitamento do petróleo.

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