Polícia prende suspeitos e destrói fábricas de bebidas falsificadas com metanol em SP
Polícia Civil de São Paulo desmantela fábricas clandestinas e prende três suspeitos; bebidas com até 45% de metanol apreendidas.

Prendimentos e Desativação de Fábricas Clandestinas de Bebidas em São Paulo
A Polícia Civil de São Paulo intensificou as operações contra a produção e venda de bebidas contaminadas com metanol, uma substância altamente tóxica e proibida para consumo humano. Entre sexta-feira, 10, e sábado, 11, foram desmanteladas três fábricas clandestinas em municípios da região metropolitana de São Paulo.
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As ações fazem parte da força-tarefa do gabinete de crise instituído pelo governo do estado no final de setembro, com o objetivo de combater a crise de saúde pública provocada por intoxicações e mortes causadas pelo consumo de bebidas adulteradas.
Operação em São Bernardo do Campo
Em São Bernardo do Campo, a polícia localizou a origem de um lote de bebidas que teria causado a morte de pelo menos uma pessoa em setembro. A investigação, iniciada após a morte de um homem intoxicado em um bar da cidade, revelou que a bebida havia sido adquirida de uma distribuidora não autorizada, que utilizava etanol comprado em um posto de combustíveis. O falsificador, que comprava o etanol no posto, e o dono do posto, que vendia o etanol falsificado com metanol, foram identificados.
Operação em Hortolândia
Em Hortolândia, região de Campinas, a Polícia Militar descobriu uma fábrica clandestina operando no Jardim São Bento. A ação foi iniciada a partir de uma denúncia anônima. No local, um homem de 27 anos foi preso em flagrante. Foram apreendidas 1.258 garrafas com bebida, 8.800 garrafas vazias, 5 mil tampas, centenas de lacres e mais de 30 galões cheios de substâncias semelhantes ao álcool. Além disso, foram encontrados rótulos falsificados, selos de importação e maquinário para envase.
Operação em Tatuí
Em Tatuí, no interior paulista, uma denúncia levou a Polícia Civil a um depósito onde operava uma fábrica de bebidas adulteradas. No local, um adolescente de 17 anos informou trabalhar no esquema há cerca de um ano, manuseando líquidos e realizando o envase de garrafas. Foram apreendidos mais de 800 vasilhames vazios, tonéis com líquidos manipulados e 210 litros de destilados armazenados em galões. O responsável, de 42 anos, foi localizado em outro imóvel e preso em flagrante.
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Gabinete de Crise e Ações Estaduais
Desde o dia 30 de setembro, o governo de São Paulo mantém um gabinete de crise voltado ao combate da contaminação por metanol. A força-tarefa é composta por representantes das secretarias de Saúde, Segurança Pública, Fazenda, Justiça e Desenvolvimento Econômico, com apoio das vigilâncias sanitárias municipais. As ações incluem a interdição cautelar de estabelecimentos suspeitos e o recolhimento sistemático de garrafas para perícia, além da fiscalização de postos de combustíveis.