Paulo Henrique Caetano Sales, o PH, proprietário de imóvel em Praia Grande, ligado a planejamento do crime.
A Polícia Civil de São Paulo efetivou a prisão de Paulo Henrique Caetano Sales, conhecido como PH, o nono suspeito envolvido no crime que resultou na morte do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. O detido, de 38 anos, é proprietário de uma das residências em Praia Grande utilizadas pelo grupo para o planejamento e o apoio ao crime.
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A detenção ocorreu no Jardim Shangrilá, na zona sul da capital.
Com a prisão de PH, o número de pessoas detidas por envolvimento no homicídio chegou a nove. Dois suspeitos permanecem foragidos, e um dos envolvidos faleceu em confronto com policiais.
Ruy Ferraz Fontes, de 64 anos, foi assassinado em 15 de setembro, após deixar a Prefeitura de Praia Grande, onde exercia a função de secretário municipal de Administração. A vítima foi alvo de uma emboscada, recebendo diversos disparos. Fontes era conhecido por sua atuação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) e, em 2006, liderou a indicação de toda a cúpula da facção, incluindo Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.
As investigações indicam que o grupo responsável pela execução utilizou pelo menos quatro imóveis no litoral paulista para fins de monitoramento, logística e como abrigo para os suspeitos. A residência ligada a PH estava em uso desde abril por Umberto Alberto Gomes, apontado como um dos articuladores do crime.
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Gomes morreu em confronto com a Polícia Civil no Paraná, no final de setembro.
A Polícia Civil suspeita que o assassinato esteja relacionado a uma licitação de aproximadamente R$ 24 milhões realizada pela Prefeitura de Praia Grande. A hipótese é que a disputa tenha afetado interesses de integrantes da facção criminosa. Em janeiro, o subsecretário de Gestão e Tecnologia da cidade, Sandro Rogério Pardini, teve celulares, computadores e dinheiro apreendidos em operação.
A defesa dele nega qualquer envolvimento e afirma que ele está à disposição das autoridades.
Entre os detidos, estão suspeitos de atuar na vigilância do ex-delegado, na logística de fuga, na guarda de armas e na execução dos disparos. José Nildo da Silva, de 47 anos, preso recentemente em Itanhaém, é apontado como um dos possíveis atiradores.
Outro suspeito, identificado como Umberto Gomes, morreu em confronto policial. Além de PH e José Nildo, outros sete investigados já haviam sido presos anteriormente. Dois permanecem foragidos, e as buscas continuam.
A Polícia Civil afirma que o crime foi planejado por meses e que Fontes era monitorado desde agosto. Imagens de câmeras de segurança mostram carros utilizados no acompanhamento do ex-delegado. Uma caminhonete utilizada na ação foi incendiada após o crime; outro veículo foi apreendido e passou por perícia.
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