Polícia prende criminosos do Primeiro Comando de Capital que exigiam pagamento de valores de assaltantes da comunidade do Moinho
Polícia efetuou a prisão de sete indivíduos, entre eles a irmã de um líder do tráfico; o grupo recebia valores de moradores que concordaram com o reasse…

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), em colaboração com a Polícia Militar, conduziu uma operação que culminou na prisão de sete indivíduos ligados ao tráfico de drogas na Favela do Moinho, situada no centro da capital paulista.
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Dentre os detidos, está Alessandra Moja, identificada como irmã de Leonardo Moja, também conhecido como “Léo do Moinho”, principal líder do tráfico na região e já preso em agosto do ano passado durante a Operação Salus Et Dignitas.
A investigação revelou que Alessandra se apresentava como líder comunitária, porém agia para favorecer os interesses do irmão, membro do Primeiro Comando da Capital (PCC). A filha de Alessandra também foi detida na operação.
Outros presos incluem José Carlos Silva, selecionado como substituto de Leonardo na direção do tráfego; Jorge de Santana, dono de um bar empregado para armazenar drogas e armas; Leandra Maria, que liderou uma célula do tráfico na Cracolândia; Paulo Rogério, responsável pela distribuição de entorpecentes; e Cláudio Celestino, ligado ao tráfico e à cobrança de propinas.
Foram executados, em total, 10 mandados de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão.
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A investigação indicou que o grupo cobrava dinheiro de moradores, que concordavam em deixar a comunidade em troca de imóveis fornecidos pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). O grupo operava sob as ordens de Léo do Moinho, mesmo após sua prisão.
Em abril do ano em curso, o governo de São Paulo implementou a Operação Dignidade e Comunidade do Moinho com o objetivo de prover moradia adequada aos residentes da favela. Em junho, foram divulgados os detalhes do programa em colaboração com o governo federal. Até o momento, menos da metade dos moradores já abandonou a comunidade, mas o grupo criminoso atuava para evitar que os moradores partissem, exigindo subornos para permitir sua saída.
O reassentamento das famílias da Favela do Moinho, localizada entre linhas de trem no centro de São Paulo, visa proporcionar dignidade e segurança a essa população, diante do elevado grau de vulnerabilidade e das condições insalubres enfrentadas.
As autoridades prosseguem com as investigações para identificar outros participantes e assegurar a segurança dos moradores que receberam reassentamento. A Coluna não obteve contato com a defesa dos detidos.
Fonte por: Jovem Pan