Polícia investiga possível participação de milicianos do PCC ou policiais civis afastados no homicídio de ex-delegado

Ruy Ferraz Fontes se destacou como um dos principais adversários da organização criminosa, sendo responsável pela captura de Marcola; em seu cargo de de…

16/09/2025 11:26

2 min de leitura

SP - RUY FERRAZ FONTES/ASSASSINATO/ONTEM - GERAL - Movimentação policial na Avenida Doutor Roberto de Almeida Vinhas, em Praia   Grande, no litoral sul de São Paulo,  onde o ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes   foi assassinado  enquanto saía da sede da Prefeitura de cidade, na noite da   segunda-feira, 15. Fontes ficou conhecido por sua atuação contra a facção Primeiro   Comando da Capital (PCC). Ele chefiou a Polícia Civil paulista entre 2019 e 2022,   após ser nomeado para o cargo de delegado-geral no então governo João Doria (na   época no PSDB). Atualmente, ele era secretário de Administração Pública de Praia   Grande e despachou na prefeitura normalmente na segunda-feira.   15/09/2025 - Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO
SP - RUY FERRAZ FONTES/ASSASSINATO/ONTEM - GERAL - Movimentação ...

A Polícia Civil de São Paulo investiga o homicídio do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, de 68 anos, morto a tiros na segunda-feira (15) em Praia Grande, litoral paulista. A investigação conta com a atuação de uma força-tarefa que envolve Polícia Federal, Ministério Público (Gaeco), DHPP, Deic, Garra, DOP, COEs e a Polícia Militar.

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Imagens de câmeras de segurança mostraram a perseguição ao automóvel da vítima, que bateu em um ônibus. Posteriormente, assaltantes saíram de outro veículo e realizaram um intenso disparo de mais de 20 tiros. Um dos carros utilizados pelos criminosos foi encontrado em chamas.

As linhas de investigação

Os investigadores estão analisando duas linhas principais. A primeira apura o envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC), tendo Fontes desempenhado um papel central no combate à facção e participado da prisão de seu líder, Marcola. Segundo o promotor Lincoln Gakiya, ele era jurado de morte pelo grupo criminoso, e em 2010, um plano do PCC para executá-lo foi frustrado.

A segunda hipótese examina o possível envolvimento de militares da Polícia Militar, destituídos por corrupção, em sua atuação como chefes da Polícia Civil. A investigação analisa se o crime pode ter ocorrido como reação a tais ações.

  1. O envolvimento do Primeiro Comando de Capital (PCC) com a “Fonte” representou um dos maiores desafios para a facção criminosa, culminando na prisão de seu líder, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e na estratégia que concentrou os chefes do grupo no presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau, em 2006. Essa medida foi vista como uma afronta pelo crime organizado. O ex-delegado estava sob ameaça de morte pelo PCC desde aquele período. Em 2010, ele escapou de um atentado planejado pelo grupo, devido à ação da Rota.
  2. O delegado-geral Fontes ordenou o afastamento de policiais militares acusados de envolvimento em crimes. A polícia não exclui a possibilidade de o crime tenha ocorrido como reação.

Ademais, considera-se a viabilidade de retaliação relacionada ao período em que Fontes exerceu a função de Secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande, cargo que desempenhou a partir de 2023.

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Fontes liderou a Polícia Civil entre 2019 e 2022, nomeado pelo então governador João Doria (PSDB), e possuía mais de 40 anos de trajetória focada no combate ao crime organizado. Atualmente, exercia o cargo de secretário de Administração na Prefeitura de Praia Grande.

O corpo do ex-delegado será velado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e enterrado às 16h desta terça-feira (16) no Cemitério da Paz, na zona sul de São Paulo.

Com informações de Davi de Tarso e Danúbia Braga.

Reportagem gerada com inteligência artificial.

Fonte por: Jovem Pan

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