Polícia investiga possível compra de metanol em posto em SP após mortes

Polícia investiga fábricas clandestinas que podem ter adquirido etanol com a crença de se tratar de substância legal.

10/10/2025 14:07

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Polícia investiga possível compra de metanol em posto em SP após mortes
(Imagem de reprodução da internet).

Polícia Civil de São Paulo Investiga Origem do Metanol em Mortes por Adulteração de Bebidas

A Polícia Civil de São Paulo acredita que o metanol utilizado em bebidas adulteradas, responsável por cinco mortes no estado, pode ter sido adquirido em um único posto de gasolina. O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou que os responsáveis pela adulteração podem ter comprado a substância, acreditando se tratar de etanol para fins de adulteração.

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A conclusão da polícia se baseia no fechamento, na manhã desta sexta-feira (10), de uma fábrica clandestina em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. A fábrica, de onde foi retirada a bebida adulterada que causou a primeira morte por intoxicação no estado.

De acordo com a investigação, a fábrica clandestina adquiriu o metanol em um posto de gasolina, considerando-o etanol. O secretário ressaltou que outras fábricas clandestinas podem ter feito o mesmo. “Nossa suspeita é de que esses casos que geraram lesões gravíssimas e mortes, que eles tenham adquirido metanol do mesmo posto. Infelizmente, a adulteração acontece há décadas, mas nessa concentração é muito alta”, declarou.

Até a última atualização, o estado de São Paulo registra cinco mortes confirmadas de intoxicação por metanol.

Fábrica Fechada

Os agentes da Polícia Civil chegaram à fábrica clandestina de São Bernardo do Campo após investigarem a morte da primeira vítima por intoxicação com metanol. A vítima apresentou sintomas em 12 de setembro e faleceu quatro dias depois.

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Durante as investigações, o bar onde a vítima consumiu a bebida foi revistado, e as equipes apreenderam nove garrafas. Os peritos detectaram a presença de metanol em oito dos produtos, com concentrações que variaram de 14,6% a 45,1%.

Em depoimento à polícia, o dono do bar confessou ter adquirido as garrafas de uma distribuidora não autorizada, que a polícia descobriu ser a própria fábrica em São Bernardo. As investigações apontam que eles utilizavam etanol de posto de combustíveis na fabricação irregular das bebidas, misturado com o metanol.

SSP-SP: Ação

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) afirmou que a ação tinha o objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão em estabelecimentos relacionados à venda de bebidas alcoólicas contaminadas com metanol. Oito suspeitos foram levados para a delegacia para prestar esclarecimentos.

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