Polícia investiga possível compra de metanol em posto em SP após mortes
Polícia investiga fábricas clandestinas que podem ter adquirido etanol com a crença de se tratar de substância legal.

Polícia Civil de São Paulo Investiga Origem do Metanol em Mortes por Adulteração de Bebidas
A Polícia Civil de São Paulo acredita que o metanol utilizado em bebidas adulteradas, responsável por cinco mortes no estado, pode ter sido adquirido em um único posto de gasolina. O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou que os responsáveis pela adulteração podem ter comprado a substância, acreditando se tratar de etanol para fins de adulteração.
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A conclusão da polícia se baseia no fechamento, na manhã desta sexta-feira (10), de uma fábrica clandestina em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. A fábrica, de onde foi retirada a bebida adulterada que causou a primeira morte por intoxicação no estado.
De acordo com a investigação, a fábrica clandestina adquiriu o metanol em um posto de gasolina, considerando-o etanol. O secretário ressaltou que outras fábricas clandestinas podem ter feito o mesmo. “Nossa suspeita é de que esses casos que geraram lesões gravíssimas e mortes, que eles tenham adquirido metanol do mesmo posto. Infelizmente, a adulteração acontece há décadas, mas nessa concentração é muito alta”, declarou.
Até a última atualização, o estado de São Paulo registra cinco mortes confirmadas de intoxicação por metanol.
Fábrica Fechada
Os agentes da Polícia Civil chegaram à fábrica clandestina de São Bernardo do Campo após investigarem a morte da primeira vítima por intoxicação com metanol. A vítima apresentou sintomas em 12 de setembro e faleceu quatro dias depois.
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Durante as investigações, o bar onde a vítima consumiu a bebida foi revistado, e as equipes apreenderam nove garrafas. Os peritos detectaram a presença de metanol em oito dos produtos, com concentrações que variaram de 14,6% a 45,1%.
Em depoimento à polícia, o dono do bar confessou ter adquirido as garrafas de uma distribuidora não autorizada, que a polícia descobriu ser a própria fábrica em São Bernardo. As investigações apontam que eles utilizavam etanol de posto de combustíveis na fabricação irregular das bebidas, misturado com o metanol.
SSP-SP: Ação
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) afirmou que a ação tinha o objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão em estabelecimentos relacionados à venda de bebidas alcoólicas contaminadas com metanol. Oito suspeitos foram levados para a delegacia para prestar esclarecimentos.