A Polícia Federal (PF) concluiu, na terça-feira (25), uma operação complexa contra uma organização criminosa que desviou milhões de reais destinados à área da saúde em cidades do Rio Grande do Sul e de São Paulo. A Operação Paralelo Cinco resultou na apreensão de bens de alto valor e na prisão de indivíduos.
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Detalhes da Ação Policial
Foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva em endereços nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina. A ação foi coordenada pela superintendência da PF no Rio Grande do Sul, com apoio do Tribunal de Contas do Estado do RS e da Controladoria-Geral da União (CGU).
A operação incluiu medidas de constrição patrimonial, restringindo o acesso do suspeito a determinados bens.
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Bens Apreendidos e Prisões
Durante a operação, foram apreendidos 53 veículos, incluindo carros de luxo como Range Rover e Porsche, além de um barco. Também foram apreendidos bens móveis, como relógios de alto padrão e mais de R$ 22,5 milhões em dinheiro, incluindo cédulas de 100 euros.
A Justiça determinou o afastamento de funções, suspensão de atividades econômicas, restrição de acesso a órgãos públicos e proibição de contato entre os envolvidos.
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Investigação e Desvios de Recursos
O inquérito policial, instaurado em janeiro de 2024, apurou que um grupo de empresários de Porto Alegre assumiu a gestão dos hospitais municipais de Jaguari (RS) e Embu das Artes (SP). Entre 2022 e agosto de 2025, essas instituições receberam mais de R$ 340 milhões em recursos públicos, provenientes de repasses municipais, estaduais e federais.
As investigações revelaram um sistema de desvio de recursos, utilizando empresas de fachada e entidades interpostas sem capacidade operacional mínima, para emissão de notas fiscais inidôneas e ocultação da real destinação dos recursos.
Gastos Irregulares e Próximos Passos
Os valores repassados eram rapidamente pulverizados para dezenas de contas de pessoas físicas e jurídicas, beneficiando os gestores da organização social. A polícia também identificou desvios diretamente das contas-convênios, com gastos como passagens aéreas de voos internacionais em primeira classe, compras de shows e veículos de luxo.
Os 20 investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de capitais e outros delitos conexos.
