Polícia Federal prende Daniel Vorcaro e apreende R$ 229 milhões no caso Master

Polícia Federal prende Daniel Vorcaro em operação Compliance Zero. Apreensão de bens milionários, incluindo aeronave Falcon 7X, em investigação de fraudes no Banco Master

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Prisão e Apreensão de Bens em Operação Compliance Zero

A Polícia Federal (PF) efetuou a prisão de Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, em operação denominada Compliance Zero. A ação, realizada em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), resultou na apreensão de bens no valor de R$ 229,7 milhões, incluindo uma aeronave Falcon 7X avaliada em R$ 200 milhões, obras de arte, relógios de luxo e dinheiro em espécie.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A operação desarticulou um esquema de fraudes estimado em R$ 12 bilhões que levou à liquidação extrajudicial da instituição financeira pelo Banco Central (BC).

Durante a operação, foram cumpridos 7 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão em diversos estados do Brasil, incluindo o Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Minas Gerais. Augusto Ferreira Lima, ex-CEO do banco, teve R$ 1,7 milhão em espécie encontrados em sua residência.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A investigação aponta que a gestão do banco realizava manobras contábeis para mascarar a insolvência da instituição.

A aeronave Falcon 7X, apreendida, seria utilizada por Vorcaro em uma viagem para a ilha de Malta. A defesa do banqueiro nega tentativa de fuga, afirmando que a viagem tinha fins de negócios. A operação também mirou outros executivos do banco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

LEIA TAMBÉM!

Como Funcionava o Esquema Fraudulento

O esquema fraudulento consistia na emissão e negociação de títulos de crédito falsos. Segundo a Polícia Federal, os envolvidos do Banco Master criavam carteiras de crédito sem lastro real, que depois eram comercializadas com outras instituições financeiras.

Os documentos foram classificados pelos investigadores como “insubsistentes”, por não terem existência comprovada nem documentação adequada.

O Banco Master emitia CDBs (Certificado de Depósito Bancário) com a promessa irreal de pagar 40% acima das taxas praticadas pelo mercado. Os fatos se deram durante 2024 e 2025, culminando nas prisões efetuadas na manhã de 3ª feira (18.nov). A operação foi deflagrada 1 dia depois de um consórcio de investidores dos Emirados Árabes Unidos, em parceria com o grupo Fictor.

O BC (Banco Central) decidiu colocar o Banco Master sob administração especial temporária por 120 dias e decretar a liquidação do conglomerado. Com a liquidação, a negociação de compra foi automaticamente interrompida.

Sair da versão mobile