Desvio de Recursos do INSS Investigado pela Polícia Federal
A Polícia Federal investiga a Conafer (Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais) por suspeita de desvio de recursos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A investigação aponta que a entidade utilizava planilhas para realizar pagamentos de propina a diretores e políticos do órgão federal.
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Segundo a PF, dos R$ 708,2 milhões recebidos pela Conafer do INSS, uma parcela significativa foi desviada para empresas de fachada e contas de operadores financeiros associados ao grupo investigado. A análise do fluxo financeiro revelou que mais de 90% da receita da Conafer, proveniente de descontos indevidos, foi transferida para empresas sem estrutura física ou funcionários, controladas por pessoas interpostas ligadas aos investigados.
A investigação detalha a troca de mensagens entre o núcleo financeiro da Conafer e dirigentes da entidade, com foco em “prestação de contas”. As planilhas utilizadas continham apelidos para os beneficiários, como “Herói A” (André Paulo Felix Fidelis, ex-diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão do INSS) e “Herói V” (Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, ex-procurador-geral do INSS).
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O “Italiano” (ex-presidente do INSS na gestão Lula) também figura na lista de destinatários das propinas. Os valores e nomes registrados nas planilhas coincidiam com movimentações bancárias identificadas em relação a Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Conafer.
A investigação aponta que Cícero Marcelino de Souza Santos, durante o período do convênio e antes da operação policial, movimentou centenas de milhões de reais, repassando quantias expressivas a servidores públicos e agentes políticos, conforme documentado.
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