Polícia Federal investiga deputados do PL em Operação Galho Seco

Polícia Federal deflagra Operação Galho Seco, investigando deputados do PL por desvio de recursos da cota parlamentar. Investigações apontam para esquema com Harue Locação

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

A Polícia Federal deflagrou na manhã de sexta-feira, 19 de dezembro de 2025, a Operação Galho Seco, com foco na investigação de deputados federais do Partido Liberal (PL) suspeitos de envolvimento em esquema de desvio de recursos da cota parlamentar.

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A investigação apura o uso de uma empresa de locação de veículos de fachada para ocultar valores provenientes de infrações penais.

Detalhes da Investigação

O ministro Flávio Dino, do STF, autorizou buscas e apreensões em endereços dos deputados e seus assessores, além da quebra do sigilo bancário e de dados de celulares. A investigação começou com a identificação de valores discrepantes nas contas de assessores, como Atailton Oliveira Santos e Itamar de Souza Santana.

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Valores Apreendidos e Movimentações Suspeitas

Investigadores identificaram movimentações suspeitas de R$ 11,4 milhões em contas de Atailton Oliveira Santos e R$ 5 milhões em contas de Itamar de Souza Santana. As quantias, transferidas via empresa de locação de veículos, chamaram a atenção pela incompatibilidade com os rendimentos e pelos saques sucessivos de R$ 9.999,00.

Operação da Empresa de Locação

A investigação revelou que a empresa Harue Locação de Veículos recebia pagamentos de Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante pelos serviços de aluguel de carros, com reembolso da Câmara dos Deputados. A empresa possuía apenas 5 veículos em sua frota, apesar de empresas do setor na capital carioca geralmente possuírem mais de 20 veículos.

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Diálogos Suspeitos e Envolvimento de Assessores

Investigadores apontaram diálogos entre o assessor Itamar e a empresa Harue, evidenciando o contrato de locação e a transferência de valores bancários e em espécie para Itamar. A investigação sustenta que os deputados Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy desviaram recursos da cota parlamentar em benefício próprio, com a colaboração de assessores como Atailton Oliveira Santos e Itamar de Souza Santana, utilizando a empresa Harue Locação de Veículos Ltda. para facilitar o esquema (peculato e lavagem de dinheiro).

Declarações e Reações

O deputado federal Carlos Jordy negou as irregularidades e afirma estar sofrendo perseguição da Polícia Federal. A assessoria do Partido Liberal (PL) e a assessoria do deputado Sóstenes Cavalcante ainda não se manifestaram sobre a operação.

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