Polícia Federal Investiga Caso de Circovírus em Criadouro de Ararinhas

A Polícia Federal realizou nesta quarta-feira (3) uma operação em um criadouro de ararinhas localizado no município de Curaçá (BA), em decorrência de investigações sobre possíveis irregularidades sanitárias no programa de reintrodução da espécie.

A ação foi conduzida pela equipe que apura a disseminação de circovírus aviário entre aves silvestres, um patógeno altamente contagioso e sem tratamento, com potencial para afetar populações de psitacídeos.

Durante a operação, a PF cumprimentou mandados de busca e apreensão. Agentes apreenderam celulares e computadores de funcionários do criadouro. A instituição declarou que todas as 103 ararinhas permanecem no local, sob os cuidados dos colaboradores e com a supervisão do Estado.

O criadouro informou que a detecção do vírus ocorreu em um filhote de ararinha nascido em vida livre, e não em cativeiro. A empresa assegura que está cumprindo todas as normas de biossegurança e que as aves apresentam bom estado clínico.

A nota destaca que psitacídeos tropicais, incluindo a ararinha-azul, possuem resistência natural ao circovírus. O criadouro afirma que sempre seguiu os protocolos exigidos pelos governos brasileiro e alemão.

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A instituição reconhece uma divergência com o ICMBio em relação à captura de aves de vida livre que haviam testado negativo para o vírus. Após obter uma liminar para suspender a captura, a decisão foi revogada, e a notificação administrativa foi cumprida dentro do prazo de 20 dias.

O criadouro expressa confiança de que as investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal “resultarão no completo esclarecimento dos fatos” e que sua conduta será reconhecida como idônea. A instituição espera que, após a conclusão do processo, o projeto de criação, manejo e preservação da ararinha-azul possa continuar no país.