Polícia Federal desmantela esquema de fraudes em contas do FGTS com atletas como Gabriel Jesus e Paolo Guerrero. Operação “Fake Agents” apura desvio de R$ 7 milhões
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã de quinta-feira (13/11), uma operação contra um grupo criminoso responsável por fraudes milionárias em contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O prejuízo estimado ultrapassa R$ 7 milhões.
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A operação, denominada “Operação Fake Agents”, é a terceira fase e visa desmantelar o esquema que utilizava documentos falsos para desviar recursos de jogadores de futebol, ex-jogadores e treinadores.
Entre os investigados estão personalidades do futebol brasileiro, como Gabriel Jesus, revelado nas categorias de base do Palmeiras e camisa 9 da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2018; Luiz Felipe Scolari, o “Felipão”, treinador do “Penta” do Brasil em 2002; Oswaldo de Oliveira, ex-técnico de clubes como Corinthians e Flamengo; Paulo Roberto Falcão, ídolo do Internacional e volante da Seleção Brasileira durante as Copas de 1982 e 1986; Ramires, ex-atleta campeão da Champions League pelo Chelsea; Titi, zagueiro que já jogou por Vasco e Fotaleza; Raniel, ex-atacante de clubes como Santos e São Paulo; Obina, ex-jogador que atuou por times como Atlético-MG, Flamengo e Palmeiras; Paolo Guerrero, jogador do Alianza Lima, do Peru; Christian Cueva, meia-atacante peruano; Joao Robin Rojas Mendoza, ponta direita equatoriano; e Alejandro César Donatti.
A investigação teve início com o caso do jogador peruano Paolo Guerrero, que teve cerca de R$ 2,2 milhões desviados de sua conta de FGTS. Essa fraude deu origem à primeira fase da operação. Na segunda fase, as investigações levaram à advogada Joana Costa Prado de Oliveira, apontada como responsável por coordenar os saques fraudulentos.
Segundo a PF, ela utilizava seus contatos em agências da Caixa no Rio de Janeiro para facilitar as operações. A advogada teve a carteira da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) suspensa.
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Com o avanço das apurações, a terceira fase passou a investigar funcionários da Caixa que colaboravam com o esquema. A operação é conduzida pela UIS/Delefaz (Unidade de Investigações Sensíveis da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários), com apoio da área de inteligência e segurança da Caixa.
Os investigados poderão responder pelos crimes de falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa, sem prejuízo de novas imputações que possam surgir com o avanço das investigações. A CNN tenta contato com a advogada Joana Costa Prado de Oliveira e mantém espaço aberto para que se manifeste sobre as investigações.
A operação demonstra a importância da Polícia Federal no combate a crimes financeiros e na proteção dos recursos do FGTS. A investigação continua em andamento, com o objetivo de identificar todos os envolvidos no esquema e garantir que os responsáveis sejam punidos.
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