A Polícia Civil de São Paulo, em colaboração com a Polícia Militar, a Polícia Penal e o Ministério Público, revelou um plano elaborado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) com o objetivo de cometer atentados contra o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), e o diretor das unidades prisionais do Oeste Paulista, Roberto Medina.
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A descoberta ocorreu após a apreensão de um celular em posse de Vitor Hugo da Silva, conhecido como VH, membro da facção.
Detalhes da Investigação
As investigações revelaram que o aparelho continha conversas e materiais que indicavam a participação de VH na preparação do atentado contra as autoridades. Entre os conteúdos analisados estavam fotos, vídeos e um levantamento detalhado da rotina do promotor e do diretor prisional, incluindo trajetos diários, horários de deslocamento e locais frequentados.
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O material chamou a atenção dos investigadores pela riqueza de detalhes e pelo nível de organização do grupo.
Novos Suspeitos e Operação
A partir da prisão de VH, os policiais identificaram Wellison Rodrigo Bispo de Almeida, o Corintinha, também apontado como membro do PCC. Ele residia em Martinópolis e se mudou para uma chácara em Presidente Bernardes para monitorar os passos de Roberto Medina.
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Wellison foi preso durante as investigações. Um terceiro suspeito, Sérgio Garcia da Silva, conhecido como Messi, detido em 26 de setembro por tráfico de drogas, também foi identificado.
Investigação em Andamento e Conexões
O conteúdo encontrado nos celulares dos investigados confirmou a existência do plano e motivou uma operação com 25 mandados de busca e apreensão nas cidades de Presidente Prudente, Álvares Machado, Martinópolis, Pirapozinho, Presidente Venceslau, Presidente Bernardes e Santo Anastácio.
As autoridades estão investigando se o plano tem ligação com a morte do ex-delegado Rui Ferraz Fontes, assassinado em 2024, e buscam identificar outros possíveis envolvidos.
Ameaças e Histórico do PCC
O promotor Lincoln Gakiya atua há mais de duas décadas no combate ao PCC e já foi alvo de outras ameaças da facção criminosa. Em anos anteriores, o grupo também elaborou planos para assassinar outras autoridades, entre elas o atual senador Sérgio Moro, quando era ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro.
