Polícia Civil de São Paulo Executa Operação Contra PCC em Postos de Combustível

A Polícia Civil de São Paulo realizou, na terça-feira (21.out.2025), seis mandados de busca e apreensão em postos de combustíveis suspeitos de ligação com o Primeiro Comando de Capital (PCC). A operação, denominada Octanagem, foi concentrada nas cidades de Santos e Praia Grande, no litoral paulista, e em Araraquara, no interior do estado.

O objetivo da operação é investigar esquemas de adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro, representando um desdobramento da Operação Carbono Oculto, que identificou um esquema bilionário do crime organizado no setor de combustíveis em agosto de 2025.

Foco no “Braço Varejista” do PCC

O delegado Tiago Fernando Correia, da 3ª Dicca (Divisão de Investigação sobre Crimes contra a Administração e Combate à Lavagem de Dinheiro), explicou que a operação visa “atacar o braço varejista” do PCC.

“Estamos analisando esses postos para verificar se estão em condições adequadas para o consumo, se há sonegação fiscal e identificar os sócios ocultos envolvidos nesse esquema criminoso”, declarou o delegado.

Irregularidades Encontradas em um Estabelecimento

As fiscalizações contaram com o apoio da ANP (Agência Nacional do Petróleo), do Ipem (Instituto de Pesos e Medidas) e da Secretaria da Fazenda. Durante as vistorias, foram identificadas irregularidades em pelo menos um dos estabelecimentos, onde constatou-se adulteração no combustível e fraude volumétrica nas bombas, que dispensavam quantidades menores de combustível do que o registrado nos visores.

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Apreensão de Equipamentos e Documentos

Para a execução da operação, a Polícia Civil mobilizou 32 policiais, além de equipes da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Araraquara. As diligências resultaram na apreensão de dois computadores, uma máquina de cartão com CNPJ diferente do estabelecimento fiscalizado e diversos documentos financeiros.

Investigação e Processamento dos Casos

Todos os casos relacionados à operação serão registrados e processados pela 3ª Dicca, vinculada ao DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania).