Polícia Civil intensifica busca por “Doca”, líder do Comando Vermelho. Megaoperação “Contenção” mira criminoso nos complexos do Alemão e da Penha. Recompensa por informações
A Polícia Civil do Rio de Janeiro, com base em informações obtidas por meio de conversas interceptadas e documentos, intensificou a busca pelo líder do Comando Vermelho, Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca”. A megaoperação “Contenção”, deflagrada na última terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, visa prender o criminoso foragido.
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A operação oferece recompensa por informações que levem à sua prisão.
Investigações da DRE e do setor de inteligência da Polícia Civil revelaram que Doca vivia sob regras rígidas impostas por seus próprios associados. Uma norma crucial era a proibição de homens armados em sua residência. A segurança direta do líder era assegurada por Samuca e Tizil, traficantes de confiança.
O controle de acesso ao imóvel era supervisionado por Gardenal, gerente-geral do tráfico no Complexo da Penha, responsável pela expansão do grupo na Grande Jacarepaguá. Gardenal também definia a escala dos seguranças e supervisionava quem podia entrar na residência.
Durante a operação, 117 suspeitos morreram em confrontos nos complexos do Alemão e da Penha. Até o momento, 99 corpos foram identificados, dos quais 42 possuíam mandados de prisão pendentes. Outros 78 apresentavam histórico criminal extenso. O balanço da operação foi apresentado pelo secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, em coletiva de imprensa.
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A investigação aponta que os complexos do Alemão e da Penha funcionavam como centros de comando, treinamento e logística da facção. Criminosos recebiam instruções sobre armamento, uso de explosivos e táticas de combate. O fluxo de caixa da facção movimentava cerca de 10 toneladas de drogas por mês, além da negociação mensal de aproximadamente 50 fuzis.
As comunidades também serviam como polos de distribuição para ao menos 24 comunidades do Rio, incluindo Rocinha, Maré, Jacarezinho, Lins e Salgueiro, em São Gonçalo.
A Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) finalizam um relatório de inteligência com centenas de páginas, que detalha a estrutura hierárquica e o papel estratégico dos complexos da Penha e do Alemão dentro da facção.
Até o momento, 89 corpos foram liberados para os familiares, e as diligências seguem para identificar os demais.
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