Polícia Civil do RJ apreende milhares de garrafas adulteradas após casos de intoxicação
Milhares de garrafas apreendidas e serão submetidas a perícia para identificar fraudes; fiscalização intensificada não causou internações no estado.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou, neste sábado (4), uma operação com o objetivo de combater a fabricação e o comércio de bebidas alcoólicas adulteradas. A ação ocorre em um contexto de aumento das notificações de intoxicações por metanol em diversos estados do país. A operação é coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) e envolve o cumprimento de 21 mandados de busca e apreensão na capital fluminense e em cidades da Baixada.
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Já foram apreendidas milhares de garrafas com suspeita de falsificação, que serão encaminhadas para análise laboratorial. Até o momento, seis pessoas foram conduzidas à delegacia e devem responder por falsificação ou adulteração de bebidas e crimes contra as relações de consumo.
Fiscalização e Alerta Governamental
Desde quarta-feira (1º), a Polícia Civil tem realizado ações de fiscalização, encontrando produtos fora da validade e armazenados em condições precárias. Diante da situação, o governo do Rio de Janeiro criou uma Sala de Situação para coordenar ações de vigilância em saúde e emitiu um alerta aos 92 municípios fluminenses sobre o risco de intoxicação.
Para reforçar o tratamento dos pacientes, o governo federal anunciou o envio de 4.300 ampolas de etanol farmacêutico – utilizado como antídoto – e 2.500 doses do medicamento fomepizol, importado do exterior, com previsão de chegada ao país ainda nesta semana.
De acordo com o Ministério da Saúde, há 127 notificações de intoxicação por metanol no Brasil, em 12 estados. Desses, 11 casos foram confirmados por exames laboratoriais. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que não há motivo para pânico, mas recomendou evitar o consumo de bebidas destiladas de procedência duvidosa, especialmente aquelas em garrafas com rosca.
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O metanol é um solvente sem cor nem odor, mais barato que o etanol, e tem sido usado ilegalmente na adulteração de bebidas como uísque, gim e vodca para aumentar o lucro na venda. As investigações indicam que a contaminação pode ter ocorrido em destilarias clandestinas ou por falhas no processo de higienização de garrafas.