Pluma do Manto na África Pode Criar Novo Oceano em Milhões de Anos

Estudo aponta que pluma de manto sob Etiópia em atividade, rompendo crosta africana e podendo gerar nova bacia oceânica em milhões de anos.

14/10/2025 13:17

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Pluma do Manto na África Pode Criar Novo Oceano em Milhões de Anos
(Imagem de reprodução da internet).

Descoberta Revolucionária: África Pode se Dividir em Dois Continentes

Um novo estudo geológico revelou uma descoberta surpreendente: a África pode estar em processo de se dividir em dois continentes distintos. A pesquisa, publicada na renomada revista Nature Geoscience, identifica pulsos rítmicos de rocha derretida ascendendo das profundezas da Terra, causando a fragmentação da crosta africana.

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O fenômeno ocorre na região de Afar, na Etiópia, onde uma pluma de manto quente atua como um motor pulsante. A cada batida, o calor e o material fundido sobem à superfície, enfraquecendo gradualmente a estrutura do continente. Essa atividade geológica intensa é um dos aspectos mais instáveis da região.

A Instabilidade Geológica da Região de Afar

A área etíope é reconhecida como uma das mais instáveis do planeta, devido à convergência de três grandes falhas tectônicas: os riftes do Mar Vermelho, do Golfo de Áden e o Grande Rifte Etíope. Essa complexa interação de forças tectônicas cria as condições ideais para a ruptura de um continente.

Análise Química Revela Pulsações do Manto

Uma equipe de pesquisa, liderada por Emma Watts da Universidade de Swansea, coletou mais de 130 amostras de rochas vulcânicas na região de Afar. A análise química das amostras revelou padrões repetitivos, indicando a presença de pulsações no manto terrestre. Esses padrões sugerem um processo contínuo de fragmentação.

Projeção de um Novo Oceano

O processo de divisão continental levará milhões de anos para ser concluído, mas os cientistas consideram o evento inevitável. À medida que a fenda se expande, a água do mar tende a invadir a região, formando uma nova bacia oceânica. Essa dinâmica se assemelha à formação do Oceano Atlântico.

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Implicações para o Estudo do Vulcanismo

Derek Keir, da Universidade de Southampton, comentou: “A evolução do manto profundo está intrinsecamente ligada ao movimento das placas tectônicas. Isso tem implicações significativas para como compreendemos o vulcanismo e a fragmentação continental.” A pesquisa continua a investigar a velocidade desse fluxo subterrâneo.

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