Votação do Projeto de Anistia Depende de Aceitação do PL
A votação do projeto que propõe a redução de penas para condenados pelos atos de 8 de janeiro está condicionada à concordância do Partido Liberal (PL), liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator da proposta, o texto do projeto só será levado ao plenário se houver um consenso, o que implica que o PL deverá desistir de propor alterações.
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“A proposta só será votada se houver consenso, ou seja, se o PL concordar em votar. O PL está buscando modificar o texto e nós não temos condições de alterar o texto. Se eles aceitarem o meu texto, vamos votar”, declarou Paulinho da Força à Jovem Pan.
A pressão por uma votação se intensificou após declarações do senador Flávio Bolsonaro, que o pai escolheu como pré-candidato à Presidência em 2026. Em entrevistas, ele mencionou a anistia como um possível preço para o fim da disputa, inicialmente incluindo a liberdade do ex-presidente Bolsonaro e a inclusão do nome dele nas urnas em 2026.
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A aprovação da urgência da anistia em setembro não resultou em uma votação imediata, devido à falta de acordo entre os partidos. O principal ponto de divergência reside no destaque que o PL deseja dar a um texto original do deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), que propõe uma anistia “ampla, geral e irrestrita” aos condenados pelos ataques e pela articulação do que foi considerado um golpe.
Líderes da Câmara temem um desgaste semelhante ao ocorrido com a chamada “PEC da Blindagem”, que foi aprovada pela Câmara, mas derrubada pelo Senado devido à forte reação pública. Por isso, o relator da proposta enfatiza que a votação só acontecerá se o PL aceitar o texto como está.
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