Pix revoluciona pagamentos no Brasil: volume dispara e supera cartões! O sistema atinge R$ 26,4 trilhões em transações e promete 50% das vendas digitais até 2027
O cenário de pagamentos no Brasil passou por uma mudança significativa, deixando de ser um detalhe técnico para se tornar um elemento central na estratégia dos e-commerces. Nos últimos anos, o país evoluiu de um ambiente dominado por cartões de crédito e boletos para um ambiente onde carteiras digitais e pagamentos móveis ganharam destaque.
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Essa transformação impacta diretamente custos, taxas de conversão, riscos de fraude, inclusão financeira e até mesmo o modelo de negócios das lojas online.
O principal catalisador dessa mudança foi o Pix, lançado pelo Banco Central em 2020. Em 2024, o Pix já é o meio de pagamento mais utilizado em termos de volume de transações, com 63,8 bilhões de operações, superando cartões de crédito, débito, boletos, TED e pré-pagos.
Em valor, atingiu R$ 26,4 trilhões, demonstrando que deixou de ser apenas uma solução de “troco digital” para transações de todos os tamanhos.
Estudos indicam que o Pix responde por cerca de 30% dos pagamentos online em 2023, contra 40% do cartão de crédito, com projeções de alcançar 50% das vendas digitais até 2027. O Pix já está presente em 100% dos checkouts monitorados de varejistas digitais, empatado com o cartão de crédito em presença, uma situação impensável há poucos anos.
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Em 2023, 84% dos usuários utilizam o Pix com frequência nas compras digitais, e mais de 30 milhões o consideram principal meio de pagamento. Esse crescimento impulsionou um volume que saltou de R$ 1,7 trilhão para R$ 2,4 trilhões em um ano.
Existe um alto interesse em parcelamento, com mais de 70% dos consumidores demonstrando disposição para utilizar essa modalidade. No entanto, apenas um terço das empresas conhece bem o recurso, indicando um potencial para o e-commerce capturar mais valor explorando o ecossistema Pix.
Apesar da ascensão dos pagamentos instantâneos, o cartão de crédito continua crucial para o e-commerce, especialmente em datas como a Black Friday, onde ele ainda é o campeão em participação, com cerca de 63% dos pedidos online, contra 25,5% do Pix e 7,4% do boleto.
Boletos e pagamentos em dinheiro recuam para nichos específicos, como B2B ou consumidores avessos a meios digitais. O Pix se consolidou como o método alternativo mais inovador da América Latina, com participação de cerca de 40% no e-commerce brasileiro e adoção por 75% da população.
As carteiras digitais e os pagamentos via celular preveem movimentar mais de US$ 25 trilhões em transações até o fim da década, chegando perto de metade de todas as vendas online e físicas. No Brasil, os pagamentos digitais devem representar mais de 80% do valor gasto no e-commerce até 2030, impulsionados pelo smartphone como “carteira no bolso” e pela preferência das gerações mais jovens por experiências sem fricção.
O próximo salto é o Pix Automático, funcionalidade de pagamentos recorrentes, com potencial de deslocar boletos e débitos automáticos em assinaturas, mensalidades e serviços digitais. Estudos estimam que essa funcionalidade pode movimentar algo próximo de US$ 30 bilhões em dois anos, ampliando o alcance de modelos de assinatura para quem não tem cartão de crédito.
A escolha de meios de pagamento deixou de ser apenas uma discussão de “meios aceitos” e passou a ser um pilar de estratégia de crescimento. Em um mercado em que Pix já domina o volume de transações, cartões seguem essenciais para parcelamento e carteiras digitais avançam como interface preferida, o competitivo será aquele que souber orquestrar esse mix com inteligência: reduzindo custo, aumentando conversão e, ao mesmo tempo, usando dados de pagamento para conhecer melhor o cliente e construir relacionamentos de longo prazo.
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