Pinguins-Africanos: Extinção Imminente Revelada em Novo Estudo Alarmante

Pinguins-Africanos: Declínio alarmante e risco de extinção funcional! Estudo revela 95% de perda na população em 8 anos. A espécie é “criticamente em perigo”

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(Imagem de reprodução da internet).

Pinguins-Africanos: Uma Luta Contra a Extinção Funcional

Desde 2024, os pinguins-africanos (Spheniscus demersus), a única espécie da família que se reproduz no continente africano, enfrenta uma situação crítica. Classificados na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza – IUCN como “criticamente em perigo”, a espécie se encontra em uma situação alarmante, com uma população reduzida em cerca de 95% em apenas oito anos, conforme revelado por um recente estudo.

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A causa desse declínio dramático reside em uma combinação de fatores ambientais e atividades humanas. Uma confluência de mudanças ambientais, incluindo a exploração pesqueira intensa, e os hábitos humanos de pesca deixaram dezenas de milhares de pinguins adultos na costa da África do Sul sem alimento suficiente para sobreviver.

Essa situação se agrava com a “muda catastrófica”, um período de 21 dias em que os pinguins ficam pelados e presos em terra sem poder se alimentar, dependendo exclusivamente de suas reservas de gordura.

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A “Muda Catastrófica” e a Extinção Funcional

O termo “muda catastrófica” é um termo ornitológico que descreve o processo de troca de penas dos pinguins, que ocorre de forma completa e abrupta. No entanto, esse evento se tornou um fator crítico para a sobrevivência da espécie. Durante esse período, os pinguins ficam vulneráveis à fome, pois a perda de sua impermeabilidade à água impede sua capacidade de caçar. A situação se agrava com a queda drástica na biomassa da sardinha (Sardinops sagax), principal fonte de alimento dos pinguins, que despencou para menos de 25% do seu máximo registrado.

Estratégias de Conservação e o Futuro da Espécie

Apesar da gravidade da situação, os pesquisadores identificaram algumas estratégias de conservação que podem ajudar a reverter a tendência de morte. Essas incluem a implementação de zonas de exclusão de pesca ao redor de seis colônias de pinguins, que operam até pelo menos 2033, e o fornecimento de ninhos artificiais, o controle de predadores, bem como o resgate, reabilitação e criação manual de adultos e filhotes.

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A esperança reside na redução da exploração pesqueira, permitindo que a população de sardinhas se recupere e, consequentemente, a dos pinguins-africanos.

No entanto, os pesquisadores alertam que a recuperação da população é uma tarefa difícil, pois depende de condições climáticas incontroláveis para a multiplicação das sardinhas. Sem alimento suficiente no mar, nem mesmo os maiores esforços de conservação em terra serão capazes de impedir a extinção do pinguim-africano.

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