Piero Cipollone detalha plano para lançamento do euro digital em 2029

Piero Cipollone detalha plano para lançamento do euro digital em 2029. Moeda digital será lançada se legislação for aprovada até 2026.

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(Imagem de reprodução da internet).

O membro da diretoria executiva do Banco Central Europeu (BCE), Piero Cipollone, apresentou neste sábado (13) um plano detalhado para a implementação do euro digital. A previsão é que a moeda digital seja lançada efetivamente em 2029. Cipollone esclareceu que, caso a legislação necessária seja aprovada até o final de 2026, a construção da infraestrutura técnica começará no primeiro semestre de 2027, dando início à fase de testes em setembro do mesmo ano.

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Fases de Implementação

O cronograma prevê a aprovação da legislação até 2026, seguida pela construção da infraestrutura técnica entre janeiro e junho de 2027. A partir de setembro de 2027, inicia-se a fase de experimentação do euro digital.

Proteção de Dados e Responsabilidades

Cipollone enfatizou que o BCE não terá acesso aos dados privados dos cidadãos. As informações processadas serão criptografadas, impedindo qualquer ligação dos pagamentos a indivíduos específicos. A gestão de dados de clientes e os controles contra lavagem de dinheiro permanecerão sob a responsabilidade dos bancos comerciais, que atuarão como intermediários na distribuição da moeda digital, mantendo o modelo atual de relacionamento bancário.

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Custos de Implementação

O investimento total previsto para o projeto é de 1,2 bilhão de euros. O BCE espera recuperar parte desse valor por meio da senhoriagem associada à emissão da moeda. Para o sistema bancário europeu, estima-se um custo entre 4 e 6 bilhões de euros, distribuídos ao longo de quatro a cinco anos.

Benefícios e Impacto Econômico

Uma das principais vantagens destacadas é a eliminação das taxas de bandeira nas transações com o euro digital, um custo significativo nos pagamentos internacionais. Essa economia de custos beneficiará, em particular, os pequenos negócios com margens de lucro reduzidas.

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Além disso, o impacto para as instituições financeiras será de aproximadamente 3,5% dos gastos anuais com tecnologia da informação, considerado um investimento gerenciável.

Acumulação de Ouro por Bancos Centrais

Cipollone também comentou sobre a tendência global de bancos centrais acumularem ouro. As compras anuais do metal precioso aumentaram de uma média de 400 a 600 toneladas para cerca de 1.000 toneladas nos últimos três anos. Essa movimentação reflete a busca das autoridades monetárias por uma reserva de valor segura contra a inflação e riscos financeiros, complementando a credibilidade das moedas fiduciárias em um contexto de incertezas globais.

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