PF apura esquema: Patrícia Soriano recebeu R$ 40 mil e outros R$ 80 mil em empresas.
A segunda fase da Operação Mafiusi da Polícia Federal (PF) expôs uma complexa rede de transações financeiras envolvendo Patrícia Soriano, irmã do notório criminoso Tiriça (Roberto Soriano), integrante da Sintonia Final do Primeiro Comando da Capital (PCC). A investigação revelou que Soriano recebeu transferências milionárias, estimadas em R$ 120 mil, provenientes de operadores do esquema, além de receber R$ 40 mil e R$ 80 mil em investimentos em empresas de fachada. Essas empresas, Artek Automatização e Refrigeração e Dakor Comércio e Representações de Roupas, foram utilizadas para lavar quantias exorbitantes provenientes do tráfico internacional de drogas.
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As transações foram coordenadas através da empresa RMD Instituição de Pagamento Ltda, pertencente ao ex-policial Maicon Adriano Vieira Maia, apontado como articulador da estrutura ilícita em São Paulo. Maia, que deixou a corporação em novembro de 2023, continuou a operar o esquema, conforme evidenciado nas mensagens trocadas com Patrícia Soriano e Klaus Cristhian Volker. As empresas de fachada, Artek e Dakor, serviram como instrumentos para ocultar a origem ilícita dos recursos.
Mensagens extraídas do celular de Klaus Cristhian Volker revelaram uma ligação direta entre ele, Maicon e Patrícia Soriano. Volker repassou os dados da Artek Automatização para Soriano, que por sua vez, forneceu os dados da conta física de Soriano. As trocas de mensagens detalharam os valores transferidos e as empresas envolvidas, consolidando as evidências da participação de Soriano no esquema.
Patrícia Soriano é viúva de Edmilson de Menezes, o Grilo, líder da facção paulista que morreu atropelado em outubro de 2024. Antes de sua morte, Grilo mantinha conversas com Klaus por intermédio de seu irmão, Edilson. Além disso, Soriano era ligada a Willian Barile Agati, conhecido como ‘Concierge do PCC’ e denunciado como chefe do esquema de tráfico de drogas no Paraná. Agati e Grilo se aliaram a traficantes da Máfia dos Bálcãs e da ‘Ndrangheta, a máfia da Calábria, para facilitar o transporte de cocaína da Argentina para a Europa.
Em julho de 2023, o irmão de Grilo intermediou a compra de um imóvel em nome do ex-marido de Patrícia Soriano. Klaus Cristhian Volker, atuou como intermediário, encaminhando as ordens do líder do PCC ao advogado responsável pelo contrato. Meses depois, Klaus enviou ao irmão de Grilo um documento do Ministério Público de São Paulo que confirmava o arquivamento de uma investigação contra o líder do PCC por tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
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A investigação da Operação Mafiusi expôs a complexa rede de Patrícia Soriano, revelando sua participação ativa no esquema de lavagem de dinheiro do PCC. As descobertas, baseadas em mensagens trocadas e transações financeiras, demonstram a extensão da influência da irmã de Tiriça no mundo do crime organizado, evidenciando a necessidade de ações contínuas da Polícia Federal para desmantelar redes criminosas e garantir a segurança pública.
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