PF e Polícias Locais em Operação Fatal no Rio; 119 Mortos e Contradições nos Dados

PF investiga 119 mortes em operação no Rio; PF acionada para avaliar atuação de polícias locais. Reunião de emergência com Lula

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(Imagem de reprodução da internet).

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, declarou que a Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro foi acionada para avaliar a participação na operação das polícias locais que resultaram em 119 mortos na terça-feira (28).

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Segundo ele, a corporação não havia sido informada sobre o planejamento da operação no momento do seu início.

Rodrigues explicou que houve um contato prévio entre a inteligência da Polícia Militar e a unidade da PF no Rio, buscando a possibilidade de atuação em um contexto específico. No entanto, após analisar o planejamento operacional, a equipe da PF concluiu que a operação não era considerada razoável para a participação da corporação.

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A equipe do Rio de Janeiro, segundo Rodrigues, entendeu que a atuação da PF não se adequava ao modelo de trabalho da corporação, que se concentra em investigação e trabalho de inteligência, com foco na polícia judiciária.

Reunião de Emergência e Dados da Operação

O ministro da Justiça e Segurança Pública, , participou de uma reunião de emergência convocada pelo presidente Lula no Palácio da Alvorada. O ministro informou que a PF recebeu alguns detalhes da operação, mas o governo ainda não possui todos os dados da megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão.

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O ministro ressaltou que, se a operação tivesse exigido a participação do governo federal, o presidente Lula deveria ter sido comunicado.

Necessidade de Nível Superior de Comunicação

O ministro Lewandowski enfatizou que as tratativas não poderiam se limitar ao “segundo ou terceiro escalão”, mas sim envolver conversas entre o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e a Presidência da República.

Ele afirmou que a comunicação entre governadores deve ocorrer ao nível das autoridades de hierarquia mais elevada, e que uma operação deste porte não pode ser acordada em níveis inferiores.

O diretor-geral da PF também reforçou a importância de que, em caso de necessidade de interferência do governo federal, o presidente, o vice-presidente ou o ministro da Justiça e Segurança Pública fossem informados.

Até as 13h, o governo do Rio contabilizava 119 mortos na operação, sendo 4 policiais. Já segundo a Defensoria Pública do Estado, o saldo de fatalidades é de 132 pessoas.

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