PF Desmantela Operação Fraudulenta no Pix com Perdas de R$ 813 Milhões

PF desmantela esquema de fraudes no Pix com ataque à C&M Software. Operação Magna Fraus 2 prende 21 suspeitos e desvia R$ 813 milhões. A C&M Software é afetada.

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(Imagem de reprodução da internet).

PF Conclui Operação Contra Ataque à C&M Software e Fraudes no Pix

A Polícia Federal (PF) concluiu a operação Magna Fraus 2, resultando na prisão de 21 indivíduos envolvidos no ataque à empresa C&M Software, responsável por serviços de tecnologia para instituições de pagamento. A investigação, conduzida pela Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos, aponta para um impacto no Pix, sistema de transferências instantâneas do Banco Central do Brasil.

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Segundo a PF, a operação teve um balanço de mais de R$ 813 milhões em valores desviados de contas utilizadas por bancos e instituições de pagamento para gerenciar transferências Pix. O esquema visava driblar o rastreamento do caminho do dinheiro.

Durante a operação, foram apreendidos 15 carros de luxo e 26 imóveis, além de bens de alto valor, como bolsas, sapatos e joias.

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A PF classificou a operação como a primeira de seu tipo. Os investigados utilizaram técnicas avançadas para tentar evitar o rastreamento do dinheiro desviado.

A C&M Software é uma empresa autorizada e supervisionada pelo Banco Central do Brasil, responsável pela mensageria que interliga instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), incluindo o ambiente de liquidação do Pix.

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A empresa BMP, uma das mais afetadas, informou à CNN Brasil que o ataque permitiu acesso indevido a contas reserva de seis instituições financeiras, incluindo a própria BMP. A empresa ressaltou que as contas reserva são mantidas diretamente no Banco Central e utilizadas exclusivamente para liquidação interbancária.

A BMP declarou que adotou todas as medidas operacionais e legais cabíveis e conta com colaterais suficientes para cobrir integralmente o valor impactado, sem prejuízo a sua operação ou a seus parceiros comerciais.

Desde o início das investigações, já foram realizadas diversas diligências. Em 4 de julho, um operador de TI da C&M Software foi preso pela PCESP (Polícia Civil de São Paulo) como responsável por vender sua credencial de acesso ao sistema para o grupo criminoso.

Ele confessou e disse que recebeu R$ 15 mil.

No dia do ataque, a C&M Software foi imediatamente desconectada do ambiente por determinação do BC. A empresa se declarou vítima de ação criminosa com uso de credenciais.

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