Polícia Federal investiga esquema de descontos ilegais no INSS! PF apura fraudes em aposentadorias e pensões com atuação de servidores e políticos.
Em 18 de dezembro de 2025, a Polícia Federal iniciou uma nova fase de investigação em relação a um esquema de descontos associativos ilegais aplicados a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A operação, que visa desmantelar uma organização criminosa estruturada, busca apurar irregularidades que resultaram no desconto indevido de valores de mensalidades de associações das carteiras de benefícios.
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Segundo informações da PF, as vítimas são, em sua maioria, idosos de baixa renda que recebiam valores até dois salários mínimos. A investigação aponta para a lavagem e ocultação de valores desviados por meio de empresas de fachada e associações, com a atuação de um núcleo administrativo, financeiro, empresarial, de servidores públicos e político.
A operação foi autorizada pelo ministro André Mendonça, do STF, após representação da PF.
Como parte da investigação, a PF decretou a prisão preventiva de diversos indivíduos, incluindo Romeu Carvalho Antunes, considerado o sucessor operacional do pai, Antônio Camilo; Tiago Schettini Batista, coordenador operacional e articulador financeiro; e Adroaldo Portal, secretário-executivo do Ministério da Previdência, que teve sua prisão convertida em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico.
Além das prisões, a decisão do STF determinou o uso de tornozeleiras eletrônicas e afastamento de cargos públicos para alguns dos investigados. Em 7 casos, o monitoramento eletrônico foi aplicado como alternativa à prisão preventiva. A PF também solicitou a prisão do senador Weverton, que foi negada pelo ministro André Mendonça, que considerou as provas apresentadas insuficientes para demonstrar um vínculo direto com a execução das fraudes.
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A operação, que teve início em 23 de abril de 2025, visa desmantelar um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS. A investigação identificou irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sem autorização dos beneficiários sobre suas aposentadorias e pensões, concedidos pelo INSS.
A repercussão do caso levou a pressão para que o então-deputado federal pedetista, Weverton, deixasse o cargo, desde que afirmasse que as fraudes começaram no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que as apurações ficaram a cargo da atual gestão.
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