Petroleiro é apreendido na Venezuela: Maduro denuncia “roubo” e acusa EUA de interferência. Ação visa combate ao tráfico, mas regime acusa busca por mudança de governo
O governo de Nicolás Maduro denunciou com veemência o que classificou como “roubo descarado” e “pirataria internacional”, após a apreensão de um petroleiro na costa venezuelana por autoridades americanas na quarta-feira (10). A nota oficial do regime venezuelano expressa forte repúdio à ação, atribuindo-a a um “assalto” ao navio no Mar do Caribe, conforme admitido pelo presidente dos Estados Unidos.
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O presidente americano, Donald Trump, confirmou a apreensão do petroleiro. De acordo com o governo americano, a embarcação transportava petróleo sujeito a sanções. A justificativa para a ação é o combate ao tráfico de drogas, embora o governo de Maduro afirme que o objetivo dos Estados Unidos seja a mudança de regime no país.
O regime de Maduro também relaciona a apreensão ao “espetáculo político” montado em Oslo, referindo-se à entrega de um prêmio à líder da oposição, María Corina Machado. A opositora, que não conseguiu comparecer à cerimônia, anunciou que seguia para a Noruega, onde tinha compromissos agendados para esta quinta-feira.
Ela se encontra em situação de exílio desde as eleições que a oposição considera fraudulentas.
Segundo o Wall Street Journal, María Corina Machado teria deixado a Venezuela de barco e se deslocado para a ilha caribenha de Curaçao, em uma tentativa secreta de chegar à Noruega.
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O governo Trump, por meio da procuradora-geral Pam Bondi, informou que o FBI, a Segurança Nacional e a Guarda Costeira, com apoio militar, executaram um mandado de apreensão do petroleiro. Um vídeo de 45 segundos mostrava helicópteros e indivíduos em camuflagem realizando o rapel sobre a embarcação.
O grupo britânico de gerenciamento de risco marítimo Vanguard identificou o petroleiro como o Skipper, que foi apreendido na Venezuela na madrugada de quarta-feira. O petroleiro Skipper havia partido do porto de José, na Venezuela, entre os dias 4 e 5 de dezembro, após carregar 1,1 milhão de barris de petróleo bruto pesado Merey da PDVSA.
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