Brasil aumenta reinjeção de gás natural para 53,6% da produção, buscando otimizar a produção de petróleo e reduzir custos na indústria.
Em setembro, o Brasil reinjetou 102.238 metros cúbicos por dia de gás natural, representando 53,6% da produção total de 190.594 mil metros cúbicos por dia, conforme dados divulgados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
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A análise completa está disponível em formato PDF (3 MB).
A reinjeção de gás natural é uma técnica utilizada para manter a pressão nos reservatórios subterrâneos, contribuindo para prolongar a vida útil dos campos de petróleo. Em vez de ser queimado, como ocorre no flaring, o gás é comprimido e devolvido ao reservatório, otimizando a produção de petróleo.
Em setembro, de um total de 102,2 milhões de metros cúbicos de gás natural produzidos, 53,6% (102.238 m³/dia) foram reinjetados nos reservatórios. O restante do gás foi destinado a usos industriais, termelatórios ou exportação.
A prática da reinjeção de gás natural tem se intensificado desde 2015, especialmente em campos offshore das Bacias de Campos e de Santos. A compressão do gás auxilia na manutenção da pressão natural dos reservatórios, de acordo com informações da ANP.
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No Brasil, aproximadamente 85% do gás natural extraído é do tipo associado, ou seja, produzido em conjunto com o petróleo. Isso exige que as operadoras decidam entre comercializar o gás ou reinjetá-lo, considerando a necessidade para a produção de óleo.
Em agosto de 2024, o presidente do PT assinou um decreto que concede à ANP autoridade para determinar a redução da reinjeção de gás natural em campos produtores.
A medida se aplica a novos projetos e permite à agência revisar planos de desenvolvimento de campos em operação, mesmo diante de contratos vigentes. O objetivo é direcionar mais gás para o mercado interno, atendendo à demanda da indústria e reduzindo custos.
O ministro de Minas e Energia, do PSD, afirmou que o governo pretende promover um “choque de oferta de gás” no país.
A estratégia inclui ampliar o acesso da iniciativa privada à infraestrutura de escoamento e processamento de gás, atualmente dominada pela Petrobras. Espera-se, com isso, reduzir a reinjeção e aumentar a disponibilidade de gás para o mercado, com impacto na redução de preços e no crescimento da indústria nacional.
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