A Petrobras anunciou, a partir de terça-feira, 21, uma redução de 4,9% no preço médio da gasolina A para as distribuidoras. Essa queda representa um desconto de R$ 0,14 por litro, diminuindo o valor de R$ 2,85 para R$ 2,71. Esta é a segunda redução no preço da gasolina em 2025, após uma queda de 5,6% em junho.
Como o Preço é Formado
Para chegar à gasolina comum, as distribuidoras compram a gasolina A da Petrobras, misturam com 30% de etanol anidro e vendem aos postos. As intermediárias adicionam suas margens de lucro e cobrem custos como transporte, armazenamento e salários.
Composição do Preço Médio (Dados da Petrobras e ANP)
A Petrobras responde por menos de um terço do preço final. A composição é a seguinte: Parcela da Petrobras (gasolina A): R$ 2,00 (32,2%); Imposto Estadual (ICMS): R$ 1,47 (23,6%); Impostos Federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins): R$ 0,68 (10,9%); Custo do Etanol Anidro misturado: R$ 0,93 (15%); Distribuição e Revenda: R$ 1,14 (18,3%).
Impacto e Projeções
A Warren Investimentos estima que a queda de 4,9% na Petrobras cause uma redução de cerca de R$ 0,10 por litro nas bombas e um impacto de 0,08 ponto percentual no IPCA de novembro. A projeção da inflação de 2025 da consultoria foi reduzida de 4,5% para 4,4%.
Economia para o Consumidor
Para quem usa o carro diariamente, a economia pode ser pequena, mas ainda ajuda. Um motorista que abastece 50 litros por semana economizaria entre R$ 5 e R$ 7,50 por abastecimento.
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Por que a Economia é Limitada?
A redução da Petrobras não se traduz em um corte proporcional nas bombas devido à composição do preço. Os impostos têm alíquotas fixas ou proporcionais que não mudam com a queda da estatal. Além disso, o preço do etanol anidro, misturado à gasolina, pode reduzir parte da economia anunciada pela Petrobras.