As ações ordinárias e preferenciais da Petrobras (PETR3 e PETR4) apresentaram queda de aproximadamente 3% nas negociações desta sexta-feira, 28. Essa movimentação reflete a reação do mercado à divulgação do novo Plano de Negócios e Gestão da empresa, abrangendo o período 2026-2030.
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Redução no Investimento Total
O plano prevê um investimento total de US$ 109 bilhões, representando uma diminuição de 1,8% em relação ao plano anterior. Apesar da redução, analistas observam que o corte no Capex (investimento em capital) foi considerado modesto.
Análises de Bancos e Instituições Financeiras
O BTG Pactual classificou o plano como “rigoroso”, destacando a combinação de uma curva de produção mais elevada, com projeção de 2,5 milhões de barris por dia em 2026, em comparação com 2,4 milhões na versão anterior. O banco também ressaltou que o Capex de 2026 ultrapassou as expectativas do mercado, com o pico de gastos previsto para 2027, impulsionado pelo projeto Búzios.
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O Bradesco BBI ponderou que a reação negativa do mercado era esperada, devido à atenção aos investimentos de curto prazo, mesmo com a redução total do Capex. O Itaú BBA, por outro lado, avaliou que o plano reforça fundamentos sólidos para o longo prazo, com foco na queda nos gastos com arrendamento de equipamentos.
Preocupações com o Cenário de Preços do Petróleo
O JPMorgan ressaltou que cada queda de US$ 10 no preço do petróleo pode reduzir o fluxo de caixa operacional da estatal em cerca de US$ 5 bilhões por ano. Essa situação pode ampliar a distância entre o fluxo de caixa livre e as distribuições, especialmente se o petróleo Brent permanecer abaixo de US$ 60 por barril.
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Foco em Projetos Estratégicos
O plano da Petrobras mantém o foco em projetos de exploração e produção, com investimentos significativos nos campos de Búzios, Mero e Atapu. A empresa também prevê aumentar a oferta de gás natural em 2026 e alcançar 2,7 milhões de barris por dia em 2028.
Além disso, a estatal planeja investir US$ 13 bilhões em projetos de baixo carbono, incluindo diesel renovável, biocombustíveis e energia solar e eólica, buscando uma economia de US$ 12 bilhões em custos operacionais até 2030.