Petrobras avança na produção da Margem Equatorial com bons resultados

Petrobras avança para produção na Margem Equatorial com bons resultados de perfuração. Saiba mais no Poder360.

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(Imagem de reprodução da internet).

Petrobras Inicia Perfuração em Área Exploratória da Margem Equatorial

A Petrobras iniciou, na segunda-feira (21.out.2025), a perfuração de um poço na Margem Equatorial brasileira, com autorização do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Se os resultados do poço forem positivos e posteriormente houver viabilidade técnica e econômico-financeira, a empresa poderá seguir para a fase de produção.

A Margem Equatorial e seu Potencial

A Margem Equatorial brasileira é uma extensa faixa do litoral Norte do país que abrange áreas marítimas situadas ao largo dos estados do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. Essa região é considerada uma nova fronteira exploratória para o setor de petróleo e gás, com potencial ainda pouco conhecido, mas que vem despertando interesse em razão das características geológicas semelhantes às de grandes descobertas em outras partes do mundo, como na costa da Guiana e do Suriname.

Fase de Exploração e o PEM

Os contratos de exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil são divididos em duas etapas principais: a fase de exploração e a fase de produção. A exploração –em que a Petrobras se encontra atualmente na Margem Equatorial– tem como objetivo identificar a presença de petróleo ou gás natural e avaliar as acumulações desses hidrocarbonetos nos blocos exploratórios. Durante esse período, a empresa precisa realizar estudos geológicos e geofísicos para compreender melhor o potencial da região. A exploração está regulamentada pelo PEM (Programa Exploratório Mínimo), um conjunto de atividades que a empresa deve executar conforme previsto em contrato com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Atividades Exploratórias e Dados Técnicos

Entre os dados coletados estão informações sísmicas, gravimétricas, magnetométricas e geoquímicas, além de análises realizadas por meio da perfuração e avaliação de poços. Todos os dados obtidos devem ser entregues à ANP, contribuindo para ampliar o conhecimento técnico sobre as bacias sedimentares brasileiras.

Desenvolvimento do Campo e Produção

Após a declaração de comercialidade por parte da empresa, o tempo necessário para implementar a infraestrutura e iniciar a extração pode variar, geralmente entre 3 e 5 anos. A Petrobras deve elaborar um plano detalhado de desenvolvimento do campo, incluindo a definição da infraestrutura necessária –como plataformas, sistemas de extração e dutos. Esse plano deve ser submetido à ANP e pode passar por ajustes técnicos e regulatórios.

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Devolução da Área

Caso, até o final da fase de exploração, não seja encontrada uma acumulação de petróleo ou gás considerada comercialmente viável, a Petrobras poderá optar por devolver a área explorada à União. Esse processo está previsto em contrato. Ainda assim, o investimento não é considerado totalmente perdido. Isso porque os estudos realizados no âmbito do PEM e do PAD (Plano de Avaliação de Descobertas) geram um conjunto de dados técnicos que passam a integrar o banco de informações oficiais do setor, sob responsabilidade da ANP. Esses dados fortalecem o conhecimento sobre o subsolo brasileiro e podem ser utilizados para atrair novos investimentos em futuras rodadas de licitação, com outras empresas interessadas.

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