Petrobras aprova plano de negócios para 2026-2030, com investimentos de US$ 109 bilhões, focando em pré-sal e transição energética. O plano visa neutralidade de emissões até 2050
Em 27 de novembro de 2025, a Petrobras aprovou o Plano de Negócios 2026-2030, um documento crucial que define os investimentos e prioridades da estatal para os próximos cinco anos. O plano reflete um compromisso com a diversificação e a sustentabilidade financeira, buscando equilibrar o foco no petróleo e gás – sua principal fonte de receita – com ações voltadas para a transição energética e a sustentabilidade.
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O documento completo está disponível em PDF (4MB).
O plano estabelece um investimento total de US$ 109 bilhões, representando cerca de 5% dos investimentos totais realizados no Brasil, segundo a empresa. A gestão de investimentos é dividida em duas categorias: a Carteira em Implantação Base, com US$ 81 bilhões, e a Carteira em Implantação Alvo, com US$ 91 bilhões, que inclui a carteira base mais US$ 10 bilhões dependentes de avaliação de financiabilidade.
A Petrobras manterá uma reserva de caixa mínima de US$ 6 bilhões, com uma dívida bruta limitada a US$ 75 bilhões, buscando convergir para US$ 65 bilhões. O plano exige que todos os projetos possuam um Valor Presente Líquido positivo em três cenários de preços do petróleo, demonstrando uma abordagem prudente diante da volatilidade do mercado internacional.
O maior volume de investimentos (US$ 69,2 bilhões) será direcionado ao segmento de exploração e produção, com foco no pré-sal, que continua sendo o principal ativo estratégico da empresa, respondendo por 62% dos recursos. A Petrobras planeja implantar 8 novos FPSOs até 2030 (7 já contratados), concluir 11 plataformas no campo de Búzios até 2027 e alcançar um pico de produção de 2,7 milhões de barris por dia de petróleo em 2028 e 3,4 milhões de barris por dia de 2028 a 2029.
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Além disso, a empresa busca manter um custo de extração abaixo de US$ 6 por barril, consolidando o pré-sal como um dos ativos mais competitivos do mundo.
Os segmentos de refino, petroquímica e logística receberão US$ 15,8 bilhões, com o objetivo de ampliar a capacidade de refino de 1,8 milhão para 2,1 milhões de barris por dia até 2030, modernizar unidades e aumentar a produção de combustíveis mais limpos, como o Diesel S-10.
A conclusão do Trem 2 da RNEST e o Projeto Refino Boaventura são projetos-chave nesse setor. A empresa também investirá em combustíveis renováveis, como SAF (bioquerosene de aviação) e diesel 100% renovável (HVO), além de construir 20 navios de cabotagem e 18 barcaças, fortalecendo a indústria naval.
Nos segmentos de fertilizantes, o plano prioriza a conclusão da UFN-3 e a manutenção das operações nas unidades da Bahia e Sergipe. A Petrobras também está investindo em energia de baixo carbono e gás natural, com US$ 4 bilhões destinados a ampliar a oferta de gás nacional, desenvolver novos contratos comerciais e apoiar projetos como usinas termelétricas no Complexo Boaventura, condicionados à participação em futuros leilões.
A empresa foca em etanol, biodiesel, biometano, diesel renovável, SAF, projetos de captura e armazenamento de carbono e parcerias em energia solar e eólica onshore.
A Petrobras estabelece metas ambientais ambiciosas, incluindo neutralidade das emissões operacionais até 2050, zero queima de rotina em flare até 2030, redução de 30% nas emissões operacionais em relação a 2015, emissões de metano próximas de zero até 2030 e manter emissões anuais abaixo de 55 milhões tCO₂e até 2030.
A estatal planeja injetar 80 milhões de toneladas de CO₂ em projetos de CCUS até o final de 2025, conforme estabelecido no plano anterior.
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