Presidente da Colômbia revelou carta de 2018 da líder da oposição venezuelana enviada a Benjamin Netanyahu.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro (esquerda), criticou publicamente a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, por buscar o apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano). O anúncio do Prêmio Nobel da Paz, concedido à Machado por um comitê norueguês, ocorreu nesta sexta-feira (10.out.2025).
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Machado dedicou o prêmio “ao povo sofredor da Venezuela” e Trump, e escreveu no X que contava com o norte-americano “agora mais do que nunca” para ajudar os venezuelanos a “alcançar a liberdade e a democracia”.
Petro compartilhou uma postagem antiga de Corina, feita em dezembro de 2018, com uma carta destinada ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e ao ex-presidente da Argentina Mauricio Macri. A carta pedia proteção internacional para promover ações contra o “regime criminoso venezuelano” ligado ao narcotráfico e ao terrorismo.
Petro declarou não entender o motivo para Corina pedir “ajuda a um criminoso”. Ele completou: “Nestes anos de genocídio contra os quais lutei, vi que os grupos políticos de extrema direita do mundo, aqueles em sintonia com Hitler, se tornaram os únicos aliados do genocídio e de Netanyahu”.
Antes de citar ataques da Marinha a embarcações no Caribe, Petro disse: “Como um genocida pode ajudar a construir a paz na Venezuela?”
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Segundo a Casa Branca, os alvos seriam barcos usados no tráfico de drogas entre Venezuela e Estados Unidos. O presidente da Colômbia disse que não tem aprovação do governo dos EUA por causa das críticas realizadas à falta de ações do país norte-americano para “deter o genocídio em Gaza” em tempo hábil.
“Donald Trump conseguiu se distanciar alguns centímetros de Netanyahu agora, depois que a humanidade deu um grande passo, até mesmo na Colômbia e na Argentina, e isso tornou possível deter, por enquanto, o genocídio já em andamento”, declarou Petro.
Petro tem histórico de críticas ao líder norte-americano. Afirmou em nota que o presidente dos EUA o considera “uma raça inferior”. O chefe do Executivo da Colômbia pediu em setembro a abertura de um processo penal contra Trump durante discurso na ONU (Organização das Nações Unidas).
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, indicou a líder da oposição venezuelana ao Prêmio Nobel da Paz.
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