Petistas do Paraná celebram a condenação de Bolsonaro e seus aliados

Líderes da Assembleia Legislativa intensificam apoio ao ex-presidente e governador Ratinho Junior menciona a necessidade de mudança.

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(Imagem de reprodução da internet).

A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por quatro votos a um provocou reação no cenário político do Paraná. Deputados petistas celebraram a decisão de condenação do ex-presidente e seus aliados, reiterando o apoio à democracia contra o golpe de Estado. Também se manifestaram contra a anistia. Na direita, os juristas Sergio Moro (União) e Deltan Dallagnol consideraram a decisão uma perseguição e uma decisão injusta. Ambos haviam comemorado o voto divergente do ministro Luiz Fux, que absolveu o ex-presidente de todos os crimes.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o ex-presidente deverá cumprir a condenação em regime fechado, após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a pena de 27,3 anos por cinco delitos: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e ameaça grave e deterioração de patrimônio tombado.

A decisão foi celebrada pela esquerda, principalmente por parlamentares petistas. O presidente estadual do PT-PR, Arilson Chiorato, reiterou que a condenação de Bolsonaro é justa, ressaltando que o ex-presidente ridicularizou os brasileiros durante o exercício do cargo. Chiorato afirmou que Bolsonaro ridicularizou as 700 mil mortes durante a pandemia e planejou o assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Ele levou o Brasil para o Mapa da Fome e merece ser esquecido na história.

A deputada federal Carol Dartora (PT-PR) resgatou que o ex-presidente “desmontou políticas públicas em áreas essenciais como Saúde, Educação, Cultura e Meio Ambiente. Comprou cloroquina enquanto as pessoas morriam sem oxigênio” e o deputado federal Tadeu Veneri (PT-PR) destacou a vitória da democracia. “O futuro dos golpistas que atentaram contra a democracia está definido. Vão pagar pelos crimes que cometeram numa decisão histórica do Supremo Tribunal Federal, que cumpriu com seu papel constitucional.”

Gleisi Hoffmann, ministra do SRI (Secretaria de Relações Institucionais), afirmou que o julgamento “marca o fim de um ciclo histórico, em que permaneciam impunes os que atentam contra o estado de direito e os governos eleitos pelo povo em nosso país. Agora, a Justiça deu a palavra final. Que seja para afirmar ao Brasil e ao mundo que a era dos golpes e do arbítrio acabou”.

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Sergio Moro e Deltan Dallagnol, ex-investigadores da operação que resultou na condenação do ex-presidente Lula, manifestaram críticas à decisão do STF. Após a decisão, o senador Sergio Moro, que foi ministro da Justiça de Bolsonaro, afirmou que “o julgamento termina como começou, com excessos. Mesmo no cenário condenatório, sobre o qual há mais do que dúvidas razoáveis, as penas são excessivas contra o ex-presidente Bolsonaro e os generais. O caso deveria ter sido julgado regularmente na primeira instância.”

Dallagnol, que admitiu a veracidade dos diálogos da “Vaza Jato”, afirmou que a detenção de Bolsonaro representa uma perseguição ao líder da extrema-direita. “Fux justificou o voto de forma mais consistente. No caso dos quatro ministros da Primeira Turma, houve aplicação de interesses pessoais e uma perseguição política”, declarou o político inelegível.

O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), que é um candidato à presidência, declarou que o Brasil necessita de mudança e de reconciliação. Ele apresentou uma defesa discreta do ex-presidente, não estando presente no protesto de 7 de Setembro em apoio a Bolsonaro que se realizou na Avenida Paulista. Ratinho Junior afirmou que o Brasil necessita de pacificação, fortalecimento das instituições e de um período de mudança, reconciliação e de escrita de um novo período.

Fonte por: Brasil de Fato

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