Pesquisadores brasileiros identificam 90 variações da proteína HER2 em câncer de mama

Pesquisadores do Hospital Sírio-Libanês identificam 90 variações da proteína HER2 em tumores de mama, abrindo caminho para tratamentos inovadores. Estudo na Genome Research

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Novas Variações da Proteína HER2 Reveladas, Abertando Caminhos para Tratamentos Mais Eficazes

Pesquisadores brasileiros identificaram 90 variações diferentes da proteína HER2 em tumores de mama, um avanço que pode revolucionar a forma como o câncer de mama é tratado. A pesquisa, conduzida pelo Hospital Sírio-Libanês, contribui para compreender a complexidade da resposta ao tratamento, mesmo aos mais avançados.

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O estudo, publicado na revista Genome Research, foi apoiado pela FAPESP e destaca a importância do splicing alternativo, um processo que aumenta a diversidade de versões da proteína HER2.

Entendendo o Splicing Alternativo e sua Relevância

O splicing alternativo é um mecanismo fundamental na expressão gênica, responsável por gerar diferentes versões de uma mesma proteína a partir de um único gene. Essa diversidade pode influenciar diretamente a resposta do organismo a medicamentos.

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No caso da proteína HER2, as variações identificadas podem determinar se um tumor responderá ou não a terapias-alvo específicas.

A Importância da Diversidade Molecular no Tratamento do Câncer

O estudo revelou que algumas das 90 variações da proteína HER2 não possuem domínios proteicos que permitiriam a sua ancoragem na membrana celular. Além disso, algumas variantes podem perder a região de ligação com os anticorpos. Essa descoberta é crucial, pois o anticorpo precisa ser específico para cada proteína, como uma chave serve em uma fechadura.

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A pesquisa demonstra que o conhecimento da diversidade molecular é essencial para o desenvolvimento de tratamentos mais direcionados e eficazes.

Próximos Passos da Pesquisa

Os pesquisadores planejam expandir suas análises para outros tipos de câncer, como o de pulmão, onde a proteína HER2 também pode estar envolvida. Além disso, eles pretendem validar clinicamente as hipóteses formuladas e investigar se o padrão de expressão das isoformas de HER2 influencia a resposta a tratamentos em pacientes que já receberam terapias anti-HER2, especialmente os anticorpos conjugados a drogas (ADCs).

A pesquisa representa um avanço significativo na luta contra o câncer de mama e abre novas perspectivas para o desenvolvimento de tratamentos mais personalizados e eficazes.

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