Novas Variações da Proteína HER2 Reveladas, Abertando Caminhos para Tratamentos Mais Eficazes
Pesquisadores brasileiros identificaram 90 variações diferentes da proteína HER2 em tumores de mama, um avanço que pode revolucionar a forma como o câncer de mama é tratado. A pesquisa, conduzida pelo Hospital Sírio-Libanês, contribui para compreender a complexidade da resposta ao tratamento, mesmo aos mais avançados.
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O estudo, publicado na revista Genome Research, foi apoiado pela FAPESP e destaca a importância do splicing alternativo, um processo que aumenta a diversidade de versões da proteína HER2.
Entendendo o Splicing Alternativo e sua Relevância
O splicing alternativo é um mecanismo fundamental na expressão gênica, responsável por gerar diferentes versões de uma mesma proteína a partir de um único gene. Essa diversidade pode influenciar diretamente a resposta do organismo a medicamentos.
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No caso da proteína HER2, as variações identificadas podem determinar se um tumor responderá ou não a terapias-alvo específicas.
A Importância da Diversidade Molecular no Tratamento do Câncer
O estudo revelou que algumas das 90 variações da proteína HER2 não possuem domínios proteicos que permitiriam a sua ancoragem na membrana celular. Além disso, algumas variantes podem perder a região de ligação com os anticorpos. Essa descoberta é crucial, pois o anticorpo precisa ser específico para cada proteína, como uma chave serve em uma fechadura.
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A pesquisa demonstra que o conhecimento da diversidade molecular é essencial para o desenvolvimento de tratamentos mais direcionados e eficazes.
Próximos Passos da Pesquisa
Os pesquisadores planejam expandir suas análises para outros tipos de câncer, como o de pulmão, onde a proteína HER2 também pode estar envolvida. Além disso, eles pretendem validar clinicamente as hipóteses formuladas e investigar se o padrão de expressão das isoformas de HER2 influencia a resposta a tratamentos em pacientes que já receberam terapias anti-HER2, especialmente os anticorpos conjugados a drogas (ADCs).
A pesquisa representa um avanço significativo na luta contra o câncer de mama e abre novas perspectivas para o desenvolvimento de tratamentos mais personalizados e eficazes.
