Pesquisa surpreende: auge do funcionamento psicológico entre 55 e 60 anos! Estudo revela picos de desempenho em meia-idade, desafiando o declínio cognitivo
A percepção comum é que o declínio cognitivo se inicia com o envelhecimento. No entanto, uma pesquisa recente, conduzida por um colega e eu, desafia essa noção. Nossos resultados revelam um quadro surpreendente: para muitos, o auge do funcionamento psicológico ocorre entre os 55 e 60 anos.
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Essa descoberta pode explicar por que indivíduos nessa faixa etária frequentemente ocupam cargos de liderança de alto nível em diversos setores.
A pesquisa se concentra em identificar padrões duradouros, em vez de estados temporários. Analisamos 16 dimensões psicológicas, incluindo habilidades cognitivas como raciocínio e memória, além de traços de personalidade como extroversão e estabilidade emocional.
Ao padronizar estudos existentes, conseguimos comparar e mapear como cada traço evolui ao longo da vida. A análise revelou que a conscienciosidade, por exemplo, atinge seu pico por volta dos 65 anos, enquanto a estabilidade emocional se destaca por seu pico aos 75 anos.
Além disso, a capacidade de resistir a vieses cognitivos – atalhos mentais que podem levar a decisões equivocadas – também pode continuar a melhorar até os 70 e 80 anos. Essas descobertas desafiam a ideia de que a idade é um fator determinante para o funcionamento mental. A pesquisa enfatiza a importância de avaliar as habilidades e características individuais, em vez de se basear em suposições sobre a idade.
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Exemplos históricos corroboram essas descobertas. Charles Darwin publicou sua obra-prima, “A Origem das Espécies”, aos 50 anos. Ludwig van Beethoven, mesmo profundamente surdo aos 53 anos, realizou a estreia de sua “Nona Sinfonia”. Mais recentemente, Lisa Su, com 55 anos, liderou a Advanced Micro Devices em uma das mais dramáticas reviravoltas técnicas do setor.
Essas descobertas têm implicações significativas para as práticas de contratação e retenção. A pesquisa sugere que as empresas devem considerar o potencial de indivíduos na meia-idade, em vez de descartá-los com base na idade. A avaliação deve se concentrar nas habilidades e características reais dos candidatos, reconhecendo que muitos indivíduos podem continuar a contribuir de forma valiosa na vida profissional.
Em suma, a pesquisa destaca a necessidade de uma nova perspectiva sobre o envelhecimento e o potencial humano. É hora de abandonar a ideia de que a meia-idade é uma contagem regressiva e começar a reconhecê-la como um período de crescimento, aprendizado e, em muitos casos, de pico de desempenho.
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