Pesquisa demonstra que terras indígenas diminuem em 27% a disseminação de enfermidades

Estudo demonstra relação direta da proteção dos territórios indígenas com a saúde pública e ressalta o papel estratégico dessas áreas para o clima e a e…

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(Imagem de reprodução da internet).

Uma nova pesquisa, publicada na revista Nature, apresenta dados inéditos sobre a importância dos povos indígenas na proteção ambiental e na saúde pública. A pesquisa revelou que as terras indígenas na Amazônia atuam como um “escudo verde”, diminuindo em 27% a disseminação de doenças em áreas próximas. Esse resultado demonstra que a conservação da floresta vai além da proteção da biodiversidade. Ao manter o equilíbrio dos ecossistemas, os povos indígenas reduzem as queimadas, que são grandes responsáveis pela emissão de fumaça tóxica relacionada a problemas respiratórios e cardíacos. Também diminuem o risco de novas zoonoses, já que o avanço do desmatamento aumenta o contato entre humanos e animais selvagens.

Além do impacto direto na saúde, o estudo aponta benefícios econômicos. Estima-se que a preservação das terras indígenas evite bilhões de dólares em gastos anuais com tratamentos médicos decorrentes de incêndios e poluição do ar. Em um contexto de restrições orçamentárias, essa economia se junta à contribuição climática e à segurança alimentar que esses territórios proporcionam.

O conhecimento tradicional dos povos originários, somado à ciência, indica que assegurar a demarcação e a proteção das terras indígenas não é meramente uma questão de direitos. Constitui também uma política de Estado que pode gerar saúde, diminuir custos e combater a crise climática. Antecipadamente à COP30, que ocorrerá em Belém, o Brasil possui uma oportunidade histórica: converter essa informação científica em ação política, entendendo que preservar as terras indígenas implica proteger o futuro compartilhado.

Fonte por: Jovem Pan

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