Pecuária Intensiva Brasileira Alcança Novo Patamar em 2025
O setor de pecuária intensiva no Brasil demonstra um crescimento notável, conforme revelado pelo estudo Confina Brasil 2025, conduzido pela Scot Consultoria. A pesquisa, que envolveu uma expedição de 30 mil quilômetros e a avaliação de 184 fazendas em 15 estados, oferece um retrato abrangente da produção.
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O estudo analisou o equivalente a 3,1 milhões de bovinos confinados, destacando uma atividade em expansão territorial e com indicadores de desempenho mais estáveis.
O levantamento aponta para um aumento significativo no número de bovinos confinados, atingindo 3,4 milhões, incluindo 2,6 milhões destinados ao abate, representando 31,7% da projeção nacional de 8,3 milhões de cabeças. Esse crescimento de 11,9% em relação à estimativa de 2024 (7,4 milhões de bovinos) evidencia a intensificação produtiva no país.
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Indicadores Zootécnicos e Eficiência
Os dados zootécnicos de 2025 mostram um setor operando com padrões de desempenho consistentes, considerando as variações entre sistemas e regiões. O ciclo médio de engorda foi de aproximadamente 106 dias, permitindo estratégias diversificadas, desde a terminação curta até a recria intensiva no cocho.
O ganho médio diário de peso foi de 1,6 kg por animal, enquanto a conversão alimentar ficou próxima de 6,8 kg de matéria seca para cada quilo ganho. O rendimento de carcaça alcançou média nacional de 55,6%.
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Tendências e Impacto
Estados com rebanhos mais tecnificados, como Mato Grosso e Goiás, registraram os melhores percentuais em relação aos indicadores. A redução da idade de abate é uma tendência confirmada, com uma pequena fração das propriedades ainda projetando machos acima de 30 meses e nenhuma fêmea acima de 28 meses.
Essa mudança é resultado do avanço genético, da recria intensiva, do planejamento nutricional e do uso crescente do confinamento.
A pecuária brasileira está se tornando mais jovem, o que traz benefícios econômicos e ambientais, como a redução do tempo de emissão por animal e a melhoria da eficiência. A edição 2025 do Confina Brasil demonstra que o confinamento brasileiro vive um momento de crescimento em escala, avanço na gestão, redução da idade de abate e estabilização dos indicadores, operando com fundamentos positivos no mercado interno e externo.
O futuro do setor dependerá da capacidade de transformar informação em decisão, tecnologia em produtividade e gestão em margem.
