Paulinho da Força prevê votação do PL da Anistia para 4ª feira
Paulinho da Força e presidente da Câmara, Hugo Motta, discutiram cronograma; parlamentar buscará reunião com líderes.

Relator do PL da Anistia Projeta Votação na Câmara Nesta Semana
O relator do Projeto de Lei (PL) da Anistia, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), informou à TV Globo no domingo (5.out.2025) que está trabalhando para levar o tema à votação na Câmara dos Deputados ainda nesta semana.
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Segundo o relator, após discutir um cronograma com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), há possibilidade de o PL da Anistia ser analisado na 4ª feira (8.out).
Detalhes do Projeto e Reuniões com o Centrão
Paulinho da Força declarou que seu relatório propõe a redução das penas dos envolvidos no 8 de Janeiro, e não uma anistia geral, como defendida por uma ala do Partido Liberal (PL), legenda a qual pertence Jair Bolsonaro. O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado.
O congressista ainda deve se reunir novamente com líderes do Centrão para avaliar o nível de apoio ao projeto.
Aprovação da Urgência e Críticas
Em vitória da oposição, a Câmara dos Deputados aprovou a urgência de votação do Projeto de Lei 2.162 de 2023, que determina a anistia em 17 de setembro –6 dias depois da condenação de Bolsonaro e outros réus pelo STF.
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Paulinho da Força denomina a proposta como “PL da Dosimetria”. O congressista ainda não apresentou o texto final.
Reações e Contrapontos
Se aprovada no plenário da Câmara, a pena de Bolsonaro seria reduzida para 1 ano e 7 meses de prisão domiciliar. Ainda assim, o ex-presidente permaneceria inelegível e não poderia concorrer às eleições de 2026.
O projeto é criticado por congressistas ligados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e por integrantes do Judiciário. O ministro do STF Luís Roberto Barroso disse em 29 de setembro que uma anistia poderia fazer com que a história se repetisse, em referência a um golpe de Estado.
Em 21 de setembro, a esquerda, depois de anos com atos esvaziados, conseguiu reunir multidões nas ruas do país em manifestações que tinham a rejeição à anistia entre as pautas. A oposição, em contrapartida, marcou uma “caminhada pela anistia” para 7 de outubro, em Brasília.