Eleições na Moldávia: Ação e Solidariedade Consolida Posicionamento no Parlamento
O partido pró-europeu Ação e Solidariedade (PAS), liderado pela presidente Maia Sandu, obteve uma vitória nas eleições legislativas da Moldávia, realizadas no domingo (28). Apesar de perder cadeiras em comparação com a legislatura anterior, o partido consolidou sua posição no Parlamento, um resultado que reforça a aposta do país no processo de adesão à União Europeia.
O resultado eleitoral foi marcado por denúncias de interferência russa, e o PAS garantiu 50,20% dos votos, conquistando 55 assentos dos 101 disponíveis no Parlamento. O bloco pró-russo Patriótico ficou em segundo lugar, com 24,17%. A vitória representa um marco importante para o país, que busca fortalecer seus laços com a Europa.
Reações e Comemorações Internacionais
Líderes europeus celebraram o resultado, com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmando que Moscou não conseguiu desestabilizar a Moldávia, mesmo após investir recursos significativos na tentativa de miná-la. O presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, destacou que o país escolheu um “futuro europeu”, e a França felicitou os eleitores pela decisão “soberana”.
Análise e Preocupações
Apesar da vitória, analistas alertam para fragilidades. O especialista Andrei Curararu, do centro de estudos WatchDog.md, afirmou que o PAS conquistou uma maioria “frágil”, vulnerável a manobras políticas do Kremlin, como protestos e tentativas de cooptação de parlamentares. A situação exige cautela e atenção para garantir a estabilidade política.
O pleito foi marcado por denúncias de compra de votos, distúrbios e uma “campanha de desinformação sem precedentes” com origem na Rússia, segundo a União Europeia. A oposição contesta o resultado, com Igor Dodon, um dos líderes do Bloco Patriótico, acusando o PAS de manipulação e anunciando recursos à Comissão Eleitoral.
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Com pouco mais de 2,4 milhões de habitantes, a Moldávia enfrenta desafios econômicos internos e a busca por aproximação com o bloco europeu. A população está dividida entre o apoio ao caminho pró-UE e a nostalgia do período soviético, refletindo as complexidades do cenário político e econômico do país.